O Maranhão é o 13º estado do Brasil com o menor número de registros de ataques a agências bancárias. Os dados são de uma pesquisa nacional realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Pública (Contrasp), com base nos anos de 2017 e 2018. O levantamento considera assaltos e tentativas de assalto, arrombamentos e explosões de agências, ataques a carro-forte e as chamadas ‘saidinhas’ bancárias. Considerando todos estes crimes, houve uma redução de 4% dessas ocorrências no Maranhão.
O estudo mostra que o estado reduziu o número de assaltos e tentativas de assaltos em 33%. Foram 27 casos registrados em 2017, e 18 casos em 2018; as ‘saidinhas’ bancárias diminuíram 50%, caindo de seis em 2017, para três em 2018. Ataques contra agências dos Correios e casas lotéricas também diminuíram. Das 11 ocorrências em 2017, foram nove registros em 2018, representando uma redução de 18% nos casos.
De acordo com o secretário de Estado de Segurança Pública (SSP), Jefferson Portela, as forças policiais têm desenvolvido um trabalho integrado, com planejamento das ações e reconhecimento dos policiais. “O que presenciamos hoje é um avanço nessa área, com medidas históricas, a exemplo do maior número de policiais que o Maranhão já teve, o efetivo trabalhando com equipamentos e tecnologia de ponta, estruturas equipadas à altura do que merece e precisa o trabalho policial e o mais importante, temos policiais valorizados”, afirmou.
O delegado geral de Polícia Civil, Leonardo Diniz, destacou o trabalho para combate a assalto a bancos. “A Segurança Pública do Maranhão tem medidas diretas para o combate a esse crime, medidas que estão em prática e surtindo efeito. Em parte destes casos, principalmente no interior, há demonstração da fragilidade das instituições que muitas vezes não possuem monitoramento feito por segurança, nem eletrônico, se tornando alvos fáceis para as quadrilhas”, pontua.
Na investigação dos crimes, o titular do Departamento de Combate a Roubos a Instituições Financeiras (DCRIF), delegado Luciano Bastos, esclareceu que mais de 95% dos casos são resolvidos. “Um alcance importante que se deve ao trabalho qualificado, minucioso e equipado da Polícia Civil e ação conjunta com as demais forças da Segurança”, explicou o delegado.
O DCRIF integra a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) da Polícia Civil e conta com apoio de demais setores da Seic para as investigações, como Centro Tático Aéreo (CTA) e núcleos da Polícia Militar, incluindo a Companhia de Operações em Sobrevivência em Área Rural (Cosar), criada para enfrentamento direto de crimes contra instituições bancárias. Além disso, o efetivo do Serviço de Inteligência e Batalhões de Polícia Militar nos demais municípios somam forças ao aparato de segurança para contenção dos ataques a bancos.
Nos últimos anos, para maior êxito das atividades policiais, o Governo do Estado ampliou o número de policiais; melhorou a infraestrutura de delegacias e batalhões militares; adquiriu novos veículos, armamentos e equipamentos; e investiu na valorização dos policiais. (Secap)