Deputado Rafael Leitoa (PDT)

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Rafael Leitoa (PDT), fez um relato minucioso das ações do Executivo na área de saúde, ao rebater críticas feitas por parlamentares da oposição, em especial o deputado Adriano (PV). Leitoa apelou para que a oposição recorra a informações verdadeiras ao fazer as denúncias.
“Precisamos de dados reais, para que a gente não use a tribuna ou os meios de comunicação com palavras soltas, sem um fundamento técnico, sem um fundamento científico; que aquilo que a gente está falando seja realmente o que está ocorrendo. Vivemos hoje o mundo das fake news:você diz uma coisa aqui que vai se espalhando, vai se espalhando, e de repente aquela informação falsa vira verdade”, alertou. 
O líder do governo contestou especialmente os dados contidos no artigo assinado pelo deputado Adriano, no final de semana, “Maranhão está na UTI”, no qual faz críticas ao setor de saúde do Governo Flávio Dino, ao registrar que a população, anteriormente, preferia o atendimento público ao serviço privado.

Rede pública melhor
“A população do Maranhão sempre teve acesso à rede pública de saúde. Apenas pouco mais de 5% da população no Maranhão tem acesso a plano de saúde; então, a saúde que o povo do Maranhão tem acesso é a saúde pública. Isso nunca existiu no nosso Estado. Infelizmente, o que herdamos do governo passado, que administrou o Estado por mais de 16 anos, são índices catastróficos que nos envergonham, como taxa de mortalidade infantil, como falta de saneamento, como renda per capita a pior do país, índice de analfabetismo. São esses índices que a gente tinha no passado aqui, que em quatro anos a gestão do governador Flávio Dino alavancou”, enfatizou.
De acordo com líder, o governo não fechou, repentinamente, um hospital, em Matões do Norte, como diz o artigo do deputado Adriano. Rafael Leitoa disse que os prefeitos concordaram que as atividades da unidade precisavam ser suspensas para uma reforma.
“Hoje eu passei, inclusive, mais uma vez, na frente daquele hospital que se encontra em reforma. Ocorre que, além da reforma ser necessária e urgente, é preciso também que o Estado e os municípios façam uma discussão da sistematização da rede de saúde”, garantiu.
Outro ponto do artigo, rebatido por Leitoa, foi de que, por conta da “inoperância do governo”, houve o fechamento da Maternidade Maria do Amparo e o abandono do Materno Infantil, em São Luís. Leitoa lembrou que o Materno Infantil é da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), sem nenhuma responsabilidade por parte do Governo do Estado.
 “Agora existe uma rede estruturada, com hospitais macrorregionais entregues e funcionando e há essa dificuldade dos hospitais de 20 leitos que precisam ser remodelados para que a gente possa dar a sustentabilidade da rede estadual de saúde”, explicou.

Apartes
Vários deputados fizeram apartes ao discurso do líder do governo, a exemplo de Wellington do Curso (PSDB) e do próprio Adriano, que voltaram a endossar as críticas ao setor de saúde do Estado.
Outro aparte foi do deputado governista, Dr. Yglésio (PDT), que lembrou que, quando, em 2013, era diretor do Socorrão I, em São Luís, as UPAS não recebiam pacientes do município, quando Ricardo Murad foi secretário de Saúde do Estado. Em outros apartes, os deputados Professor Marco Aurélio (PCdoB) e Helena Duailibe defenderam o Governo Flávio Dino.
 “Em quatro anos, 10 hospitais foram entregues ao povo do Maranhão, mas hospitais que realmente prestam serviços de forma regionalizada e eficiente. Estão aptos, inclusive, a receber os recursos”, afirmou Leitoa.
Ele informou que as 10 unidades são Pinheiro, Caxias, Imperatriz, Santa Inês, Bacabal, Balsas, Chapadinha, Colinas, Hospital do Servidor, que também foi entregue, e o HTO.
O modelo, de acordo com o líder do governo, foi aprovado pela população tanto que ela reelegeu o governador com quase 60 por cento dos votos no primeiro turno: “inclusive foi referendado, homologado, aprovado pela população do Maranhão que reconduziu o governador Flávio Dino, no primeiro turno, nas eleições do ano passado. Então, eu quero deixar claro aqui que não é a saúde do Maranhão que está na UTI, mas essa forma como o Maranhão era tratada, e que não existe mais. Ela já saiu até da UTI”. (Waldemar Ter / Agência Assembleia)