A intenção de consumo das famílias cresceu em setembro, segundo indicador da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP) divulgado ontem (1º). O índice mensal subiu 1,1% em relação a agosto, passando de 86,5 pontos para 87,5 pontos. Em comparação com setembro de 2017, quanto o indicador marcava 79 pontos, a alta ficou em 10,8%.
O índice da intenção de consumo é medido mensalmente, desde 2010, em uma escala de zero a 200 pontos, a partir de uma base de 2,2 mil consumidores do município de São Paulo. Resultados abaixo de 100 pontos indicam uma insatisfação dos consumidores com o cenário.
Os consumidores demonstraram satisfação nos itens relacionados ao trabalho. O índice relativo ao emprego atual marcou 110,2 pontos e as perspectivas profissionais ficaram em 11,8 pontos. Em relação a setembro do ano passado, ambos registraram alta de 8%.
As famílias ainda estão, segundo o estudo, indispostas para gastar no momento atual. Mais da metade (55%) dizem que estão comprando menos do que há um ano. O item relativo a consumo atual está em 60,3 pontos, enquanto o que mede a disposição para adquirir bens duráveis (geladeira, TV, fogão) está em 60,7 pontos. É maior ainda o percentual (66,5%) que avalia que é um mau momento para comprar esse tipo de produto.
Crédito difícil
O acesso ao crédito registrou queda na percepção, passando de 87,7 pontos em agosto, para 85,6 pontos. Mesmo assim, o patamar é 11% melhor do que os 77,1 pontos registrados em setembro de 2017. O estudo mostrou que 43% das famílias paulistanas encontram dificuldades para financiamento de compras. Para a Fecomercio, isso é um reflexo do aumento do endividamento e da inadimplência, que fez com que os bancos restringissem o acesso ao crédito.
De modo geral, a Fecomercio avalia que a satisfação dos consumidores ainda está em processo de recuperação depois da greve dos caminhoneiros, em maio.
Metodologia
O índice é apurado mensalmente com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paul. Ele é composto por sete itens: emprego atual; perspectiva profissional; renda atual; acesso ao crédito; nível de consumo atual; perspectiva de consumo; e momento para duráveis.
(Agência Brasil)
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