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SÃO LUÍS - Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (novo Caged), divulgados no fim de julho, mostram o impacto provocado pelo coronavírus no emprego formal no Maranhão. A publicação faz uma discussão sobre o comportamento do emprego formal maranhense, tendo como referência a região Nordeste e o Brasil, a partir do Caged, divulgado mensalmente pelo Ministério da Economia.  
"Esse estudo trata do fluxo de admissões e demissões dos trabalhadores sob o regime CLT e constitui-se um termômetro do desempenho dos setores de atividade econômica", ressalta o coordenador de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), o economista José Henrique Braga Polary.   
De acordo com o material, os impactos de medidas restritivas adotadas pelos governos estadual e municipais para reduzir a propagação da COVID-19 como o isolamento social, a suspensão do funcionamento das atividades econômicas e a decretação do lockdown agravaram as variações verificadas nos três primeiros meses do ano de 2020.  
O ponto mais crítico foi registrado em abril, quando as demissões superaram a 5.600 pessoas, ao que se somaram mais 1.238 desligamentos no mês de maio, depois de uma breve sinalização positiva em fevereiro, quando o estoque de emprego alcançou 481.594 postos de trabalho.  
RECUPERAÇÃO - Nesse contexto, o mês de junho dá sinais de recuperação, com uma variação líquida de 3.907 novos empregos formais, elevando o estoque para 477.742, mas ainda longe da posição de fevereiro último. Em termos relativos, Mato Grosso (0,95%), Maranhão (0,82%), Tocantins (0,64%) e Pará (0,63%), nessa ordem, foram as unidades federativas com maior variação positiva no emprego relativamente à situação de maio. O expressivo valor global do Auxílio Emergencial parece ter contribuído para frear a queda e promover um impulso na demanda, que animou a produção.  
O estudo apontou que em junho, o Maranhão gerou 3.907 empregos formais, o melhor desempenho de todo o Nordeste. No Brasil inteiro, apenas três estados criaram mais postos de trabalho com carteira do que o Maranhão: Goiás (4334), Pará (4550) e Mato Grosso (6790).  
A maior contribuição para esse salto positivo foi dada pelo setor da Indústria da Construção Civil, que criou 1.765 novos postos, seguindo-se o de Serviços (837), Comércio (691), Agropecuária (410) e Indústria (204). Dentro deste último, a indústria de transformação gerou 183 novas vagas. Isto equivale a 10,2% dos empregos gerados pela Construção no Brasil, nesse mês de junho.  
"É um bom sinal, mas ainda fraco. Esse resultado se dá com a volta das atividades econômicas, a participação direta do setor industrial da construção em infraestrutura, e iniciativas que valorizam a produção local, visando à geração de renda. Esperamos que esse índice melhore ainda mais, e seja mais expressivo nos próximos meses", enfatizou o presidente da FIEMA, Edilson Baldez das Neves.  

CAPITAL MARANHENSE - São Luís, em abril, marcou o ponto mais crítico de queda do emprego, com o fechamento de 1.982 postos de trabalho, depois de menos 340 no mês anterior. Isto é, em março e abril, São Luís viu o fechamento de 2.322 postos de trabalho.  
Na cidade, a retomada de atividades, depois da queda mais acentuada em abril, a economia municipal inicia movimento ascendente do emprego nos dois meses subsequentes, fechando junho com um estoque superior ao dos meses iniciais do ano.  
O desempenho é o melhor do Nordeste, onde o campeão de desemprego é Pernambuco, com saldo superior a 3,2 mil de empregos perdidos.  
(Coordenadoria de Comunicação e Eventos da FIEMA)