São Luís - A Secretaria de Estado de Justiça e de Administração Penitenciária (Sejap), em apoio ao “Ministério Cristo Liberta”, grupo de evangelização que atua no sistema carcerário do Maranhão, vem trabalhando para a reintegração social de detentos. Os trabalhos, desempenhados diariamente, se resumem a um só ponto: regenerar a vida de detentos mediante a palavra de Deus.
A missionária Milene Rodrigues, 55 anos, destacou o papel social da igreja dentro e fora de uma unidade carcerária. “Nós (a igreja) nos deparamos com problemas que vão desde sentimentais a físicos. O uso das palavras certas é a nossa melhor arma. Às vezes o interno está angustiado e uma palavra pode fazer a diferença. E quando ele precisa de remédio nós trazemos a ele”, conta a missionária.
Por meio de ações evangelizadoras, disse a missionária, “já perdemos a conta de quantos internos já resgatamos do crime”. Uma prova destas transformações é a vida do ex-detento Elmo Souza, 55 anos. Livre desde 2010, Souza hoje é uma das pessoas que estão ligadas diretamente com as ações de evangelização nos estabelecimentos carcerários. “Eu me converti no sistema e sei do tamanho da importância deste trabalho. Hoje, graças a Deus, faço parte deste lindo trabalho”, afirma.
O diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP-Pedrinhas), Raimundo Nonato Araújo Fonseca, contou que o trabalho de assistência religiosa realizado na unidade prisional tem sido muito importante para um bom convívio entre os presos. “Esse trabalho tem nos ajudado muito na questão da ressocialização do interno. Os presos que são evangélicos acabam influenciando positivamente os demais, até mesmo no quesito comportamento, pois, estes se comportam muito bem”, destaca Fonseca.
Não muito diferente dos cultos realizados nas igrejas, o ato religioso dentro das unidades prisionais segue uma dinâmica semelhante. Regado a canções de louvores e muita oração, os cultos são sempre realizados com muita alegria. Na ocasião, existem aqueles detentos que reagem com aplausos às palavras proferidas pelo pregador e, enquanto outros, choram copiosamente. “O mover do Espírito Santo faz os internos chorarem, se arrependerem e, enfim, se converterem”, contou Souza. (Alan Jorge)
Publicado em Geral na Edição Nº 14623
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