Brasília-DF- Para compensar a renúncia fiscal de R$ 60,4 bilhões do pacote de estímulo à competitividade industrial anunciado ontem (3), o governo vai aumentar a tributação das chamadas bebidas frias (águas, cervejas e refrigerantes), segundo informou o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.
“Desonerações que têm impacto no Orçamento em curso devem ser compensadas. Isso virá de um mix de aumento de arrecadação, crescimento da economia e aumento de outros tributos. Estamos corrigindo a tabela de preços das bebidas, o que fazemos todos os anos. A cobrança é um valor sobre o tipo de embalagem. É reajustado todo ano com base em levantamento de preços de consultoria contratada pelo governo”, explicou.
Barbosa não quis adiantar qual será o valor do reajuste e outras medidas compensatórias. Segundo ele, o aumento da tributação das bebidas será publicado no Diário Oficial da União de hoje (4). O secretário executivo ressaltou que não haverá aumento do preço dos cigarros. O governo já havia anunciado, no ano passado, um reajuste do imposto do produto, que entra em vigor este mês.
Pacote - O pacote de ajuda à indústria custará R$ 60,4 bilhões para o governo em 2012, informou o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. A quantia vem tanto de reduções de impostos quanto da ampliação do orçamento de linhas de crédito e de aportes do Tesouro Nacional a bancos oficiais.
Desse montante, a maior quantia virá dos R$ 45 bilhões que o Tesouro emprestará ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O dinheiro ampliará o capital da instituição para os empréstimos da quarta versão do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e começará a ser repassado em abril por meio de títulos públicos emitidos pelo Tesouro. (Agência Brasil)