Profissionais foram orientados sobre a mudança no Calendário Básico de Vacinação 2018

Com a mudança no Calendário Básico de Vacinação 2018, o Governo do Estado orienta profissionais para alterações nas faixas etárias para crianças, adolescentes e adultos. Nessa terça-feira (6), técnicos responsáveis pela Imunização das 18 Unidades Regionais de Saúde e dos municípios da Região Metropolitana iniciaram o treinamento na Central Estadual da Rede de Frio, em São Luís.
As mudanças no calendário incluem as vacinas contra varicela, meningite e febre amarela*. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a vacina contra varicela (catapora) será aplicada em duas doses: aos 15 meses de idade e para crianças de 4 a 6 anos. O objetivo é aumentar a proteção e prevenir surtos da doença em creches e escolas.
Também será disponibilizada a aplicação da vacina contra a febre amarela em crianças de 9 meses de idade. Outra mudança é a vacina meningocócica C conjugada para adolescente entre 11 e 14 anos. Será aplicado um reforço ou a dose única, dependendo da situação da pessoa. Antes, a vacina era aplicada apenas em crianças de até 4 anos que perderam as duas primeiras doses (3 e 5 meses), além do reforço oferecido aos 12 meses.
As vacinas são gratuitas e estão disponíveis nas salas de vacinação das unidades da rede pública de todo o estado. “A expectativa é ampliar a proteção das crianças e adolescentes, além de diminuir o estado de portador, protegendo também a população de outras faixas etárias, diminuindo, assim, a população suscetível a essas doenças”, disse a chefe do Departamento de Doenças Imunopreveníveis, Helena Almeida.
O calendário de vacinação, que passa por adequação anual feita pelo Ministério da Saúde (MS), foi abordado durante o treinamento por apresentar as mudanças no esquema vacinal da varicela e meningite. A prevenção contra febre amarela, pelo fato de o estado fazer parte de área endêmica da doença, também foi destacada.

Capacitação

A capacitação é uma estratégia do Governo do Estado para qualificar o processo de distribuição e armazenamento das vacinas, que funcionam como importantes imunobiológicos para o controle de doenças.
“Estamos atualizando os profissionais que trabalham diretamente com a Rede de Frio em suas localidades, pois precisamos garantir a segurança do transporte e manutenção das vacinas, o que possibilita que a população estará recebendo um imunobiológico de qualidade com sua eficácia preservada. O manejo desses imunobiológicos requer técnicas e capacitação profissional para que a gente consiga atingir as coberturas vacinais e garantir que a população esteja não só vacinada, mas prevenida”, explicou Helena Almeida.

Transporte de imunobiológicos

Os imunobiológicos são produtos termolábeis (sensíveis ao calor e ao frio) e fotossensíveis (sensíveis à luz). Por isso, devem ser armazenados, transportados, organizados, monitorados, distribuídos e administrados adequadamente, de forma a manter suas características originais desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é administrada, e, assim, ofertando um produto com eficácia e qualidade à população.
O Governo do Estado entregou para todas as regionais de saúde, 18 vans equipadas com câmaras refrigeradas, que servem para o transporte de vacinas da unidade regional para os municípios. Para técnica responsável pela Rede de Frio da Regional de Balsas, Talita Vanderlei, a capacitação no manejo é importantíssima.
“Para gente é um avanço, um ganho que a regional toda vai estar tendo. Além de poder contar com esse transporte de imunobiológicos, a gente vai garantir que cheguem com qualidade a cada um dos municípios cobertos pela nossa regional’, afirmou.
“Vai melhorar o suporte aos nossos municípios. A maioria tinha dificuldades de irem até a regional pegar esses imunobiológicos”, destacou Edimilson Brandão, técnico responsável pela Rede de Frio da Regional de Açailândia.

Rede de Frio

No estado, a responsabilidade pela estrutura física, técnico administrativa, armazenamento, transporte e distribuição, e execução das normas do Programa Nacional de Imunização (PNI) passam pela Rede de Frio.
Segundo a coordenadora da Rede de Frio Estadual, Conceição de Fátima Pereira Almeida, o objetivo da Rede é conseguir prevenir as doenças imunopreviníveis com eficiência em todas as Unidades Regionais de Saúde. (Michel Sousa - Secap)