Dados da Organização Mundial de Saúde atestam que cerca de 14 milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer no mundo todos os anos. A doença afeta não somente o paciente, mas também os familiares, que diante do difícil diagnóstico passam a travar uma verdadeira luta em busca da cura.
Essa rotina difícil é enfrentada diariamente por Pedro Silmar Mourão, de 67 anos. Ele descobriu um câncer no estômago há aproximadamente quatro meses e após cirurgia e em tratamento quimioterápico, ainda é perceptível como a doença o deixou abalado. “Eu não consigo nem falar sobre isso. A gente nunca espera. Eu só tenho a dizer para as pessoas que se cuidem”, disse. 
Pedro Silmar Mourão descobriu o câncer após uma perda repentina de apetite. Quando não conseguia mais se alimentar, procurou um diagnóstico médico. “Eu nunca fui muito ‘comilão’, mas chegou um momento que eu não tinha mais vontade nenhuma de comer, e comecei a estranhar. Mas eu me preocupei de verdade quando só conseguia me alimentar com líquidos. Foi aí que procurei o médico e o diagnóstico foi esse em que me encontro hoje”, contou.
Confiante no tratamento, Adjerson Nunes Andrade, de 53 anos, está em sua quarta sessão de quimioterapia. Ele descobriu há seis meses um câncer no intestino, mas diz não se abalar porque acredita que conseguirá a cura. “Claro que quando a gente descobre, fica triste, mas eu acredito mais em Deus e sei que ele vai curar a mim e a todos os amigos que fazem quimio aqui comigo”, disse com confiança. 
Assistidos pela equipe de profissionais do Hospital de Câncer Tarquínio Lopes Filho (HCTLF), uma das unidades que oferecem serviços a pacientes em tratamento de câncer no estado, além das consultas, sessões de quimioterapia e cirurgias, assim como os demais pacientes da unidade, Pedro e Adjerson e suas famílias contam com um acolhimento mais humanizado no tratamento de suas doenças. 
Para tornar a rotina dos pacientes durante a luta contra o câncer mais leve, projetos terapêuticos têm sido desenvolvidos dentro das unidades de saúde. Em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado neste sábado (8), atividades que integram a pacientes e seus familiares e que elevam a autoestima foram realizadas em todas as alas do hospital. “Nós fizemos desde a distribuição de lenços, que é parte de um dos projetos terapêuticos que temos aqui no hospital, a abordagem e entrega de material informativo a todas as pessoas que circulavam aqui pela unidade. E o ponto alto foi o passeio com o coral, levando mais alegria aos nossos pacientes”, explicou Geysa Lima, enfermeira do Núcleo de Educação Permanente do HCTLF.
No Hospital de Câncer Tarquínio Lopes Filho, pacientes em tratamento para o câncer recebem atendimento, também, no Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Bello (IMOAB), e no Centro de Assistência em Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Em breve, mais uma unidade, o Hospital Geral com Cirurgia de Câncer de Complexo Hospitalar, que funcionará no Hospital Universitário (HUUFMA), ampliará a oferta de serviços como oncologia clínica, quimioterapia, cirurgias nas áreas de cabeça e pescoço, plástica, torácica, pediátrica, hematologia, branquiterapia, iodoterapia e Radioterapia.  No sul do Maranhão, a assistência é prestada por meio de um convênio com o Centro Integrado de Tratamento Oncológico (Orocadium), clínica particular especializada em radioterapia, com serviços de alta complexidade na especialidade oncologia – radioterapia e branquiterapia.