A Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou a mobilização dos 217 municípios maranhenses para a realização do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) e Levantamento de índice Amostral (LIA). A iniciativa apresenta, de maneira rápida e segura, os índices de infestação larvária do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, além de auxiliar na avaliação dos resultados de medidas de controle e no direcionamento de estratégias adotadas. O LIA é realizado por municípios com número de imóveis inferior a 2 mil.
"A SES intensificou, em 2019, a mobilização para redução dos criadouros do mosquito Aedes aegypti por meio de capacitação de agentes de endemias, supervisores e campanhas de conscientização com a população em parceria com as prefeituras. Para 2020, continuaremos apoiando o levantamento realizado pelos municípios, com o diferencial de que iniciaremos já no mês de janeiro, período que antecede as fortes chuvas, impactando diretamente nos números de casos confirmados", afirmou Léa Márcia Melo da Costa, superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES.
O apoio aos municípios estimula, dentre outras coisas, o trabalho articulado, para que a gestão municipal estabeleça parcerias, estratégias de controle e monitoramento, como, por exemplo, as secretarias de Educação e Meio Ambiente. Outra forma de combate ao mosquito Aedes é o chamamento à população para que esta faça a sua parte com o descarte correto do lixo urbano e fiscalização residencial para eliminação de possíveis focos.
Evolução
O LIRAa e o LIA permitem fazer o levantamento de informações que contribuam para avaliação de programas mediante realização de pesquisas sistemáticas e periódicas. Os levantamentos permitem a identificação dos criadouros (depósitos) predominantes e a situação de infestação dos municípios que o realizaram. Pelo LIRAa/LIA, índices até 0,9% indicam condições satisfatórias ou baixo risco; entre 1% e 3,9%, situação de alerta (médio risco) e índices superiores a 4%, risco de surto.
Em 2019, no primeiro LIRAa, realizado em fevereiro, a média estadual deste índice de infestação foi de 3,9%. Esta realidade começou a ser transformada a partir do segundo levantamento, realizado no mês de junho. No quarto e último levantamento, feito em outubro do ano passado, o Estado obteve classificação entre baixo e médio de infestação.
Da 1ª a 50ª Semana Epidemiológica do ano passado, foram registrados 2.094 casos de dengue, 348 de chikungunya e 61 de zika vírus. Os municípios com maior incidência para dengue foram São Pedro dos Crentes, Feira Nova do Maranhão e Campestre do Maranhão; para chikungunya, Alto Alegre do Maranhão, Bacabeira, Senador La Roque, Cidelândia; e para Zika, as cidades de São João do Paraíso, Afonso Cunha e Bacurituba. (Secap)
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