Agentes penitenciários do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop) iniciaram, na manhã de segunda-feira (13), o ‘Curso de Sobrevivência Policial e Pistola’, ministrado por agentes da Academia Nacional da Polícia Federal. A iniciativa representa mais uma medida adotada pelo Governo do Estado para reforçar a segurança interna do sistema prisional.
O curso foi aplicado duramente quatro dias e qualificou mais de 40 agentes penitenciários que integram o Geop. Para dinamizar o treinamento, as aulas foram ministradas para turmas compostas por 10 a 13 servidores, que aprimoraram técnicas básicas, como a maneira mais correta de se sacar a arma; o posicionamento estratégico; à prática de tiros em curta e longa distância.
Na aula teórica, os agentes receberam instruções sobre fundamentos de tiro, noções sobre estado mental de sobrevivência e regras de segurança. “Repassamos aos agentes penitenciários técnicas essenciais de tiro, de segurança, e de como se comportar diante de uma situação adversa, mantendo o equilíbrio mental”, disse o instrutor chefe do curso, o policial federal Júlio Denis.
A parte prática aconteceu na sede do Geop, na BR-135, onde os agentes prisionais foram instruídos a analisar suas armas antes e depois de usá-la. No estande de tiros, os servidores foram instruídos sobre o tempo ideal de saque e reação do oponente. “O tempo que alguém leva para reagir, é de 1.5 segundos. Portanto, o de saque deve ser de 1.2 segundos”, revisou o agente penitenciário, Marcelo Serra.
O curso foi coordenado pela Academia de Gestão Penitenciária (Agepen) onde, inclusive, ocorreu toda a parte teórica. “O curso consiste em garantir a preparação dos nossos agentes penitenciários, para que eles saibam lhe dar de forma mais técnica e segura com a rotina interna prisional, tanto física quanto mental”, explicou o diretor da Agepen, Fabiano Cavalcante.
A parceria, viabilizada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), é mais uma prova do investimento feito pela gestão estadual para a qualificação dos avanços no sistema prisional maranhense. “As instituições de segurança estão irmanadas para manter a ordem nas unidades prisionais”, adiantou o titular da Seap, Murilo Andrade de Oliveira.
“A preservação da segurança intramuros tem sido demonstrada com marcas históricas. Desde o início da gestão, não temos registro de motins ou rebeliões; e passamos mais de um ano sem homicídios no Complexo Penitenciário de São Luís. É para otimizar ainda mais esses avanços que o governador Flávio Dino tem possibilitado essa troca de conhecimento entre as instituições”, completou o secretário.

Técnicas
Por questões óbvias de segurança, as demais técnicas do ‘Curso de Sobrevivência Policial e Pistola’, ministrado pela Academia Nacional da Polícia Federal, são mantidas em sigilo. Em 17 meses de gestão, o Governo do Estado já capacitou e formou mais de 2.300 agentes de segurança penitenciária, envolvendo outras instituições, como as polícias Civil e Militar; e Seap’s referência no país.