Prevenir o uso de álcool e drogas na rede estadual. Esse foi o objetivo da roda de conversa, realizada por meio das Secretarias de Estado da Saúde (SES) e da Segurança Pública (SSP), no Dia do Estudante, nessa quinta-feira (11), no Centro de Ensino João Francisco Lisboa (Cejol), no Canto da Fabril.
O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) realiza ações preventivas em escolas da rede pública e privada, orientando crianças e jovens sobre os riscos do consumo de álcool e drogas. “O nosso intuito é trabalhar a prevenção e a promoção da saúde entre a faixa etária de 12 a 17 anos, considerada mais vulnerável. Trazer o assunto para o ambiente familiar e escolar é, principalmente, prevenir. É fazer com que o adolescente ou criança, compreenda o que é a substância e o motivo pelo qual provoca dependência”, explicou Marcelo Costa, diretor do Caps AD.
A estudante do 3º ano do Ensino Médio, Anne Caroline Meireles, de 18 anos, é a favor do debate na escola. Para ela, é importante que cada estudante compreenda as implicações físicas, sociais e legais do consumo de álcool e drogas. Munida de informação, a jovem opta pela prevenção. “É um tema bem atual e precisa ser discutido”, refletiu. Para Tiago Almeida Santana, do 3º ano, uma das estratégias adotadas é evitar locais com usuários de drogas. “Quem experimenta pela primeira vez pode ficar viciado”, disse o estudante. Para ele, o melhor a fazer é evitar o contato, minimizando o risco de exposição.
Presente ao debate, o delegado titular do primeiro Distrito Policial da Capital, Joviano Furtado de Mendonça, disse que é um trabalho preventivo e busca evitar o contato dos jovens com a droga. “A nossa aproximação visa mostrar os impactos do uso das drogas e as implicações legais. É um projeto preventivo para evitar a dependência química por parte dos alunos. Compete à família fazer o acompanhamento diário da rotina do jovem, buscando detectar possíveis riscos, solicitando apoio profissional, quando necessário”, orientou o delegado Joviano Furtado.

Ações preventivas

O consumo de substâncias psicoativas começa cada vez mais cedo, entre 12 e 13 anos, na faixa etária escolar. Os dados são do levantamento feito entre os 3.800 atendimentos realizados pelo CAPS AD. No Centro de Ensino João Francisco Lisboa, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), desenvolve ações preventivas há mais de dois anos. “O ambiente escolar é uma celular da sociedade. O nosso aluno é um componente dessa sociedade, por isso a escola precisa participar e promover o debate sobre riscos de consumo de drogas e álcool. Para isso, contamos com o apoio dos profissionais do Caps AD”, ressaltou a gestora geral do Centro de Ensino João Francisco Lisboa.