Carlos Nina*
Neste mês o Capitão de Mar e Guerra Márcio Ramalho Dutra e Mello, atual Capitão dos Portos no Maranhão, transmite o cargo para Alekson Barbosa da Silva Porto, oficial de mesma patente.
Márcio Dutra desincumbir-se com êxito de seus encargos no Maranhão, onde enfrentou o maior desastre ecológico ocorrido na costa brasileira: o derrame de óleo de procedência ignorada. A intervenção da Marinha foi imediata, logo que constatado o dano e localizado o material nocivo. Em todos os problemas que se apresentaram às responsabilidades da Capitania, o Comandante Dutra se houve com absoluta competência.
À Comissão de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro da OAB-MA, deu valiosa contribuição, atendendo com cordialidade aos convites da presidente Najla Buhatem Maluf, compartilhando conhecimento sobre os fatos de interesse da coletividade na área da Capitania e tratando de questões sobre as quais era importante à Comissão conhecer a posição da Autoridade Marítima.
Em outro ângulo das FFAA está a Aeronáutica, aqui com o Centro de Lançamento de Alcântara, que, no ano passado, teve suas perspectivas ampliadas, mercê da aprovação, no Congresso Nacional, do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas com o Governo Americano, passo decisivo para o incremento das atividades de suas instalações e consequentemente para o desenvolvimento do Estado. Ressalte-se o trabalho competente do Coronel Aviador Marco Antônio Carnevale Coelho, que tem sido incansável na direçao do CLA e na demonstração das extraordinárias vantagens econômicas, sociais e estratégicas que podem advir da evolução do Centro.
Por seu lado, o Exército brasileiro, que 2020 completa 150 anos na cidade de São Luís, tem presença marcante no Estado, onde, além de suas atividades principais, de formação e manutenção de seu contingente para as finalidades constitucionais, atua em obras de natureza social, num processo de interação, fruto da liderança de seus comandantes, dos quais destaco o Coronel Marcus Vinícius Soares Guimarães, ex-Comandante do 24º Batalhão de Infantaria de Selva, e o Tenente Coronel Luciano Freitas e Sousa Filho, seu sucessor no cargo, com os quais mantive contato mais próximo, conhecendo o trabalho de ambos.
O Maranhão está passando por um momento raro, com perspectivas de ampliação de seus horizontes. As atividades das FFAA estão integradas nesse processo. Há um potencial de desenvolvimento contido, reprimido, a expandir-se de um jeito ou de outro. Melhor que o seja de forma planejada, visando o futuro. Novas ferrovias serão inevitáveis. Uma Zona de Exportação no Maranhão tem sido defendida pelo Senador Roberto Rocha. Novos portos estão projetados, dentre os quais o de São Luís e o de Alcântara. O CLA é privilegiado para sua finalidade espacial.
Por essas circunstâncias defendi, em artigo assinado conjuntamente com o Comandante André Trindade, a quem o Comandante Dutra sucedeu, em 2018, a implantação da Segunda Esquadra da Marinha do Brasil aqui no litoral.
É preciso agir com celeridade, mas segurança, para que a improvisação não inviabilize o progresso que há de melhorar a qualidade de vida da comunidade.
*Advogado e jornalista..
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