São Luís - O financiamento da saúde pública, com regras definidas pela Lei Complementar 141/2012, foi o principal assunto da Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que aconteceu nessa quinta-feira (5) no Hotel Luzeiros. O encontro, aberto pelo secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad, fez parte da programação do I Congresso Maranhense de Medicina, que será encerrado nesta sexta-feira (6) no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana.
Na reunião, Ricardo Murad fez uma breve apresentação do Programa Saúde é Vida, que está reestruturando o sistema de saúde do Maranhão com a construção de 72 hospitais e 10 UPAs, um investimento de cerca de R$ 400 milhões que resultará na abertura de 1.680 novos leitos hospitalares em todo o estado, além de um incremento de 101 leitos de UTI já alcançado.
“Elevamos de R$ 138 milhões para R$ 630 milhões o custo anual da rede estadual de saúde, com a implantação dessas novas unidades, que oferecem serviços de reconhecida qualidade. Então, é preciso redefinir o financiamento do SUS, porque o Maranhão, com todos esses investimentos, é um dos estados que recebe menos recursos da União”, enfatizou Ricardo Murad. Ele defendeu uma distribuição mais justa dos recursos da saúde, inclusive com a criação de um fundo específico para financiar a assistência à saúde.
O presidente do Conass, Wilson Alecrim, disse que a reunião serviu para que os secretários de saúde de outros estados pudessem ver de perto o investimento que o Governo do Estado vem fazendo na saúde do Maranhão. “Tivemos a oportunidade de conhecer de forma mais profunda o programa de saúde do Maranhão, o Saúde é Vida, que me pareceu um programa fortificante e estruturante no qual o governo faz um grande aporte na estrutura de hospitais de média e alta complexidade, com aporte igualmente grande para manutenção e funcionamento”, elogiou.
Wilson Alecrim, que é secretário de saúde do Amazonas, destacou ainda a discussão da Lei Complementar 141, bem como a elaboração dos contratos organizativos dos gastos públicos em saúde. Para o representante de Minas Gerais, Francisco Tavares, o encontro serviu para fortalecer a relação entre os estados. “Aqui pudemos ouvir as experiências e, assim, reforçar o posicionamento, bem como discutir a Lei 141 em todos os seus aspectos”, frisou.
Participaram do evento, além de secretários e representantes de mais de 20 estados, órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde e Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS). “O evento foi muito importante na medida em que trouxe vários atores para a discussão e pudemos falar sobre nossas preocupações, enquanto gestores, para conduzir da melhor maneira possível os recursos da saúde”, destacou Marize Lucena, da Secretaria de Saúde do Acre.
Publicado em Geral na Edição Nº 14446
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