Presidente da Fapema, Rosane Guerra, na solenidade de repasse das cotas de bolsas de estudos para instituições universitárias

São Luís - Visando fortalecer a pós-graduação no estado, a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Faapema) repassou, nesta terça-feira (8), as instituições de ensino superior – Universidades Federal do Maranhão (Ufma), Estadual do Maranhão (Uema) e do Centro de Ensino Universitário do Maranhão (Ceuma) e do Instituto Federal do Maranhão (Ifma) - a gestão das cotas de bolsas para mestrado, doutorado e iniciação científica. Na prática isso significa que agora são as universidades que definirão a quantidade de bolsas que irão disponibilizar para cada programa de pesquisa, uma vez que são elas que melhor conhece a necessidade de cada programa.
O acordo de cooperação foi assinado com os representantes das instituições em solenidade realizada, no Palácio Henrique de La Rocque, presidida pela diretora presidente da Fapema, Rosane Nassar Meireles Guerra. O evento contou com as participações do secretário-adjunto de Ciência e Tecnologia, Osvaldo Ronald Saavedra; dos pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação Porfírio Guerra (Uema), Valério Monteiro Neto (Ceuma), Hilton Rangel (Ifma); da diretora do Departamento de Pós-Graduação da Ufma, Tereza Cristina Santos e da reitora em exercício do Ifma, Valéria Carvalho Martins, entre outros representantes das instituições de ensino superior.
“Estamos neste momento institucionalizando o processo de distribuição de bolsas, que era feito por meio de acordo verbal e que agora será de forma documentada. Estamos permitindo a essas instituições que sejam elas próprias gestoras tanto do processo do edital quanto do processo de seleção”, explicou Rosane Guerra.
Para o pró-reitor, Porfírio Guerra a iniciativa vai fortalecer muito as linhas de pesquisa, melhorar o nível de pesquisa, envolver maior número de pesquisadores e alunos que estão esperando essa oportunidade de iniciação científica. “Do ponto de vista de mestrado e doutorado nós teremos um apoio na titulação de professores, visto que a universidade sempre tem esse apoio financeiro da Fapema, não só neste programa, mas em todas as pesquisas que estão acontecendo no estado”, destacou Porfírio.
As ações da Fapema visam a fomentar a pesquisa, inovação e tecnologia no estado. O pró-reitor do Ceuma observou que para a universidade, que hoje ocupa um novo patamar dentro das instituições de nível superior ao passar da classificação de centro universitário para universidade, o apoio que a Fapema está dando neste momento, com a institucionalização da oferta de bolsas, vem ainda mais propiciar o desenvolvimento para os programas que já existem na universidade e a oferta de novos.

Oferta de bolsas
Durante a apresentação a diretora da Fapema mostrou que neste primeiro quadrimestre do ano já foram outorgadas 2.655 bolsas, sem incluir os editais de extensão, de inovação tecnológica, de apoio técnico e o de mestrado e doutorado fora do estado. A grande maioria das bolsas outorgadas se referem a modalidade Iniciação Científica - uma media de 330 bolsas/mês. “Hoje temos mais bolsas no estado do que o CNPq, tanto de Iniciação Científica quanto de mestrado e doutorado”, contou Rosane Guerra.
Em 2011 a Fapema outorgou mais de oito mil bolsas; investiu cerca de 13 milhões na formação de recursos humanos e no fomento à pesquisa; avaliou mais de mil solicitações, submetidas aos editais já julgados. Foram também estimuladas às ações de inovação, o que contribuiu para manter estável o número de patentes depositadas no estado, em torno de 18 depósitos/ano e resultou, no período entre 2009 e 2011, no depósito de 53 patentes.
“Muito já foi feito, mas é preciso agora incrementar a participação de pesquisadores em programas e projetos estratégicos direcionados à solução dos grandes problemas estaduais, assegurando que os investimentos em ciência, tecnologia e inovação sejam preservados e possam aumentar o contingente de capital humano qualificado e a competitividade das indústrias, como forma de promover o desenvolvimento sócio econômico que o Maranhão almeja e precisa”, destacou Rosane Guerra.

Lançamento
Durante a assinatura do acordo os participantes foram presenteados com uma edição do livro Palmeiras do Maranhão - Onde canta o sabiá, do Prof. Dr. Claudio Urbano Bittencourt Pinheiro, da Universidade Federal do Maranhão, que aproveitou o momento para fazer o lançamento do livro, publicado com o apoio da Fapema, por meio do Edital Nº 24/2010 - Apub (Programa de Apoio à Publicação).
Na publicação de 232 páginas, o autor traz uma abordagem geral sobre as palmeiras, reconhecendo-as como as espécies vegetais de maior utilização nas comunidades do Maranhão. A obra espera fazer justiça às palmeiras maranhenses, ao evidenciar a sua importância e disponibilizar informações sobre as mesmas, ao mesmo tempo, honrando a memória de Gonçalves Dias, nosso maior poeta, que teve, nas palmeiras, sua referência de saudade das terras maranhenses.
Claudio Urbano disse que o livro é o terceiro esforço no sentido de registrar o conhecimento sobre a diversidade vegetal do Maranhão. “No primeiro esforço nós tratamos das plantas oleaginosas, com potencial para uso no programa do biodiesel. No segundo esforço das Plantas Úteis do Maranhão focando, em especial, na região da Baixada Maranhense e, agora, dentre essa diversidade vegetal, nós destacamos o grupo das palmeiras”, explicou o escritor. Para a diretora da Fapema a obra é importante porque é um registro catalográfico que servirá de fonte de pesquisa para estudantes e interessados no tema.