O mercado imobiliário foi promissor no ano de 2013. São Paulo, a cidade mais influente no cenário nacional, atingiu 33,3% na venda de novos imóveis de janeiro a setembro de 2013 - 25.591 unidades, dados do Sindicato de Habitação (Secovi), em última pesquisa realizada pela instituição. No Maranhão, otimismo e cautela definiram o mercado imobiliário no último ano. No estado, 1.500 imóveis são construídos por mês, segundo dados do SINDUSCON-MA. Para os especialistas, foi um ano equilibrado para o setor, com compradores mais conscientes, que fizeram valer o seu poder de compra por meio de uma negociação mais criteriosa.
Em 2014, a casa própria, sonho de muitos brasileiros, poderá se tornar realidade, pois as construtoras apostam alto na melhor atuação do mercado, ampliando a média de lançamentos. O segmento dos imóveis econômicos continuará aquecido. Para os de médio e alto padrão espera-se um dinamismo, com mudanças significativas. Em função da economia nacional, as variações entre a demanda e oferta de moradias em cada estado, determinarão não só o preço de compra e venda dos imóveis, mas também o valor dos aluguéis.
O que impulsionará o setor, sobretudo, é o aumento do crédito imobiliário. Estima-se que os consumidores terão disponíveis pelo menos R$ 172,8 bilhões para financiamentos, somados os recursos da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), espera um crescimento de 15% a 20% em financiamentos, puxado pelo empenho dos bancos em relação à carteira imobiliária. Com a nova etapa do Minha Casa, Minha Vida, a aposta é em uma recuperação geral do setor, em virtude dos investimentos federais.
No ano em que a Copa do Mundo será sediada no Brasil, o crescimento do setor imobiliário será expressivo, principalmente nas cidades que sediarão os jogos do mundial. Os imóveis terão maior valorização com os investimentos atraídos pelo evento esportivo, que traz melhorias em infraestrutura, turismo, emprego e renda para o país. As obras de mobilidade urbana serão um dos grandes legados que o evento deixará, facilitando o investimento para quem busca moradia, principalmente próximo ao trabalho. Empresários também apostam nas melhorias e aquisição de estabelecimentos, como bares, restaurantes e supermercados, outra vantagem para atender aos anseios da população.
“Diante desse cenário, o mercado imobiliário terá que ser ainda mais criativo para manter um bom desempenho e produtos que encontrem demanda entre os moradores da cidade”, analisa o gerente de vendas da Ronierd Barros Consultoria Imobiliária, em São Luís, Fernando Buhatem. Atualmente, os compradores não buscam só uma boa estrutura física no empreendimento, mas uma melhora na qualidade de vida, no que diz respeito a saúde e bem estar. A localização é o fator mais importante na busca pelo imóvel, praticidade e comodidade são pontos muito fortes, “ter tudo perto evita trânsito e melhora a mobilidade, evitando o desgaste com deslocamento”, diz o gerente.
A Copa do Mundo afetará todo o país, porém em cada ponto será de maneira diferente. Algumas áreas vão se destacar mais, aquelas com mais espaço para crescer. Seja para empreendimentos residenciais ou comerciais, espera-se maior valorização, como aconteceu na África do Sul e na China diante de eventos desse porte. O setor imobiliário se posiciona dessa forma, envolto de indicativos concretos e promissores, os quais estimulam e desenvolvem o desprendimento do investidor e do usuário para fins habitacionais.