A Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Sedinc) coordenará uma visita técnica, entre os dias 19 a 23 deste mês, ao Polo Gesseiro de Araripina, em Pernambuco. O objetivo é apresentar aos empresários do gesso de Grajaú (MA) o desenvolvimento do sertão pernambucano neste segmento, a fim de estimular o potencial da região na extração e comercialização do minério no município maranhense. A visita conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Grajaú e do Sindicato de Extração e Beneficiamento de Calcário e Gipsita no Estado do Maranhão (Sindusgesso).
Para se ter uma ideia, o Polo Gesseiro de Araripina, que abrange três cidades: Araripe, Ipubí e Trindade, representa 93% da produção do gesso no país e oferece mais de 14 mil empregos diretos e 50 mil indiretos. Entre 2009 e 2011, o polo movimentou mais de R$ 1 bilhão de reais com a extração de gipsita (minério) e a industrialização do produto, de acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Para o superintendente de atração de investimentos da Sedinc, Ubiratan Silva, a visita é uma espécie de intercâmbio, que tem como finalidade a troca de experiências entre os empresários maranhenses e pernambucanos, a fim de buscar conhecimentos a serem aplicados no Polo de Grajaú. “Esta é uma demanda antiga da Sedinc, que é fazer com que o distrito industrial de Grajaú seja implementado. Como o município se destaca como um polo gesseiro, a Sedinc vem empenhando esforços para o desenvolvimento desta atividade”, afirmou Ubiratan.
De acordo com Sebastião Correa, consultor da Sedinc, o objetivo principal da visita é mostrar às pessoas que trabalham no Polo de Grajaú, desde mineradores, plaqueiros e comerciantes em geral, o alto nível alcançado pelo polo pernambucano nos setores econômico, social e tecnológico.
“O Maranhão possui uma grande vantagem, pois possui um minério de boa qualidade e de muito fácil exploração, além da localização geográfica privilegiada em função da modal de estradas de rodagem e de ferro”, completa Sebastião.
A sustentabilidade é outro fator que contribui para as vantagens na produção em Grajaú. Na região há uma grande disponibilidade de matriz energética a base de gás natural existente em Capinzal do Norte e Santo Antônio dos Lopes. Com isso, ao invés de derrubar florestas com a finalidade de gerar energia para produzir e industrializar o gesso, é utilizado o gás natural que garante uma produção mais sustentável e sem agredir o meio ambiente.
A expectativa para a visita ao Polo de Araripina é que os empresários maranhenses despertem para a responsabilidade empresarial que eles têm com esse setor para que promovam a melhoria tecnológica nos processos e que favoreçam a preparação de mão de obra, garantindo, desta forma, a sustentabilidade ambiental da atividade em Grajaú.