Diante do atraso no pagamento do Fundo de Financiamento Estudandil (Fies), que segundo as instituições privadas de ensino superior tem travado as renovações de matrículas, representantes do setor vieram hoje (29) a Brasília e foram recebidos no Palácio do Planalto.
“Temos quase 2 milhões de alunos estudando de maneira irregular, que não conseguem renovar as matrículas. Se isso não for regularizado nesse semestre, imagina o caos que será em 2017”, disse o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, Sólon Caldas.
Segundo ele, o impacto é maior nas pequenas e médias instituições, que não têm condições de arcar com o custeio e matrículas dos estudantes financiados. “Fomos ao MEC [Ministério da Educação], à Casa Civil, ao Planalto e o que a gente percebe é que o governo não está dando a importância devida dada a gravidade da situação. É um problema que precisa ser resolvido”, criticou.
No Palácio do Planalto, as associações representantes das universidades privadas foram recebidas pela subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Governo da Presidência, Mariangela Fialek.
Desde julho, quando deveriam renovar as matrículas, os estudantes não conseguem acessar o sistema do Fies. De acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), o atraso atinge 1.863.731alunos de 1.358 instituições particulares de ensino. Segundo a entidade, os repasses atrasados referentes a certificados do Fies somam cerca de R$ 5 bilhões.
Em manifesto divulgado esta semana, com assinatura de dez entidades representativas do ensino superior, as particulares dizem que há instituições que correm o risco de ter que suspender as atividades. (Agência Brasil)