São Paulo-SP - A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) apresenta, a partir dessa terça (10) até quinta-feiras (12), na Feira Intermodal South America, em São Paulo, os projetos em execução e outros já planejados que ajudarão o Itaqui a entrar na lista dos 10 portos mais importantes do mundo. Nos próximos 20 anos, estudos mostram o potencial de crescimento e construção de novos berços com a estimativa de passar das atuais 14 milhões de toneladas de cargas movimentadas em 2011 para 150 milhões de toneladas em 2031. Além das obras que permitirão a expansão física do Itaqui, o crescimento ambiental sustentável foi minimamente pensado.
“O Porto do Itaqui possui localização estratégica que permite viagens mais curtas para vários portos do mundo, dispõe de um eficiente sistema multimodal que representa menor custo logístico e águas profundas que nos permitem receber navios de grande calado. No entanto, todas essas vantagens competitivas estão sendo alinhadas a uma expansão física comprometida com o social, o cultural, a educação, a pesquisa científica e o meio ambiente”, disse Luiz Carlos Fossati, presidente da Emap.
Durante a feira, a Emap fará, ainda, uma homenagem aos 400 anos de história e cultura da cidade de São Luís. Na maior feira de logística da América Latina, a Intermodal South América, no estande da empresa os visitantes poderão fazer um tour virtual pelo Porto do Itaqui e pelos principais pontos turísticos da cidade de São Luís. Esta é a primeira vez que a cidade será apresentada ao grande público por meio de imagens em 360 graus. Quatrocentos dos 30 mil visitantes esperados nos três dias de feira terão a chance de fazer uma fotografia em frente a uma imagem em perspectiva da Rua Portugal, no Centro Histórico de São Luís, e ainda levar de lembrança um porta-retrato com a imagem como se estivessem em São Luís.
Expansão
No plano de negócios da Emap, os novos berços foram desenhados para atender à crescente demanda por cargas de projeto, granéis líquidos, granéis sólidos de origem florestal e carga geral, além de contêiner. Em maio deste ano, será entregue o berço 100. Inicialmente, o píer será utilizado para movimentação de carga geral e de projeto, assim como celulose e pellets em seguida. O píer 100 também será utilizado para operações com grãos na segunda fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), prevista para 2019, quando a movimentação total deverá atingir 10 milhões de toneladas/ano. Para a primeira fase do Tegram, que entra em operação no final de 2013, será usado o berço 103, já existente.
Além do 100, o berço 108 também entrará em operação ao final do próximo ano. A obra, que será iniciada nos próximos dias, possibilitará o aumento em 40% das operações com granéis líquidos. Atualmente, o Itaqui movimenta quase sete milhões de toneladas de derivados de petróleo por ano, sendo o segundo maior entreposto do Norte-Nordeste.
Além desses dois projetos, já está em desenvolvimento estudo para implantação do Terminal de Contêineres do Maranhão (Tecom), que terá capacidade para operar até 230 mil contêineres/ano. No ano passado, quando foi criada uma linha regular de contêineres, o Itaqui operou 10 mil contêineres com ferro níquel e carga geral. A viabilidade de operar também contêineres refrigerados, com carga do Maranhão e de outras regiões do país já foi comprovada. O Tecom terá três berços (96, 95 e 94), será interligado ao Distrito Industrial por uma ponte e contará com pátio de contêiner em terra e acesso rodoferroviário.
Já em 2016, os berços 99 e 98 deverão ser implantados para operação de granéis e carga geral. Complementando a expansão do Itaqui no sentido sul será construído ainda o berço de número 97. Na Ilha de Guarapirá (110 e 109) serão construídos mais dois berços para atracação de navios petroleiros, o que tornará o porto maranhense referência nacional na movimentação de granéis líquidos.
Todas as obras estão alinhadas com a questão ambiental. Desse ponto de vista, o Porto do Itaqui já tem uma das melhores performances do país, como atestou a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) por meio do Índice de Qualidade da Gestão Ambiental. O porto maranhense também está entre os cinco do Brasil a possuir todas as licenças de operação ambiental, assim como as demais licenças necessárias à implantação de grandes projetos. Além disso, a Emap implantou, este ano, um Programa de Resíduos Sólidos que permitirá ir além da reciclagem de materiais. A iniciativa prevê ações de educação ambiental dentro e fora da empresa que conscientizem funcionários e comunidades do entorno a adotar um consumo consciente dos recursos naturais hoje disponíveis. (Cintia Machado)
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