Corria o ano de 1905, era o dia 23 de fevereiro, quinta-feira, gelada, na então conturbada cidade de Chicago (EUA), quando quatro amigos, liderados por Paul Harris, se reuniram e fundaram o Rotary, naturalmente idealizado com a simplicidade das coisas fundamentais, nasceu para unir os homens, ensinando-os com o expressivo lema “dar de si, antes de pensar em si”.
Promovida por sues líderes, a evolução do Rotary caminhou juntamente com a da própria humanidade e sem nenhuma dúvida podemos dizer que o Século XX foi o século onde houve mais progresso do que todos os outros séculos juntos. Foi o século que o homem atravessou as fronteiras do espaço sideral, ficando ao mesmo tempo perturbado com os abismos da incompreensão e do egoísmo existentes no “espaço interior” da humanidade.
Relembrando o seu passado e discorrendo pelo contemporâneo, deparamo-nos com o cataclismo de duas Guerras Mundiais, das quais ele saiu coberto de glória, vale como demonstração do prestígio universal de que atualmente desfruta.
Na 1ª Guerra Mundial, dois fatos mostraram a relevância da Entidade: iniciaram-se os trabalhos internacionais amparando os refugiados europeus e no mesmo período é criado o embrião da Fundação Rotária (Fundo de Dotações) com o objetivo de contrapor aquele estado de beligerância mundial. A Fundação Rotária é uma filiação do Rotary instituída, em princípio, como o braço filantrópico do Rotary, sem, entretanto, perder a característica da Entidade mãe que é a de Servir. Através dessa Fundação, o Rotary já destinou mais de US$ 1,4 bilhão em recursos para projetos de serviços empreendidos em mais de 166 países.
Durante a 2ª Guerra Mundial, com uma estrutura sólida, no mundo em combate, o Rotary Club teve participação relevante em benefício das populações vítimas da guerra e seu prestígio foi reconhecido por todas as nações e essas o convidaram a participar da elaboração da Carta da ONU, em São Francisco (EUA), transmitindo a ela esse sentimento de fraternidade que predestina os rotarianos em todo o mundo e de quem tanto as vítimas da guerra necessitam.
Com prestígio mundial, tendo “assento” permanente no parlamento da ONU, o Rotary partiu para grandes projetos humanitários e em 1985, criou o Programa Pólio Plus, com o objetivo de erradicar do nosso planeta a Poliomielite. A missão ainda não está cumprida, não por falta de recursos financeiros, pois só o Rotary já proveu o Programa com mais de 700 milhões de dólares. A dificuldade dessa erradicação é a incompreensão dos homens, pois em vários países da África e noutras partes do planeta, as ações belicosas de seus habitantes impedem a total assistência às crianças em idade de vacinação.
Os rotarianos sentem-se orgulhosos por pertencerem a uma organização privada que patrocina o maior programa de bolsas educacionais, e transforma esses estudantes em verdadeiros “embaixadores da boa vontade”. Outro programa educacional que não pode ser deixado de citá-lo é o Intercâmbio de Grupos de Estudo (IGR), quando o Rotary anualmente manda para outros países centenas desses grupos de profissionais para aprender e ensinar coisas de sua pátria.
Por esses motivos afirmamos quando o Rotary completa 107 anos de fundação: é uma instituição jovem, acompanha a evolução das comunidades em que está inserida e permanece jovem pelo trabalho produtivo que presta à humanidade. Isso nos leva a outra convicção: o Rotary é um jovem em crescimento e idoso em sabedoria.
Na nossa cidade, em Imperatriz, o Rotary completará no dia 4 de junho próximo, 47 anos de movimento rotário e dispomos de dois clubes e da Casa da Amizade, que é formada pelas senhoras dos rotarianos.
O rotariano acredita na variedade de caminhos que podem ser usados na busca da PAZ MUNDIAL, mas todos terminam na grande estrada da COMPREENSÃO. Somente ela é capaz de aglutinar todas as ideias e medidas que poderão ser empregadas para alcançar a tão almejada PAZ. (Antônio Arrais)