Criada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel vai concluir, até o mês de junho, um diagnóstico das associações que produzem mel no Maranhão. O estudo tem como um dos principais objetivos, criar a Federação Maranhense de Apicultores e Meliponicultores (Femapmel).
O modelo do estatuto para eleição da diretoria da federação foi discutido na semana passada, durante reunião da câmara setorial. O encontro aconteceu no município de Santa Luzia do Paruá, na sede da Associação dos Apicultores da Região do Alto Turi (Turimel), cujo presidente, Vicente Francisco Silva de Paiva, exerce o mesmo cargo na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel.
A câmara do mel criada pela Sagrima tem como objetivo ser um fórum de interlocução entre representantes dos mais diversos setores da iniciativa privada e setor público, que discutem os problemas e as soluções para o fortalecimento dos elos das cadeias produtivas.
A presidência da câmara é da iniciativa privada e a Sagrima faz parte da secretaria executiva, que encaminha as demandas identificadas durante as reuniões.
A criação da Federação Maranhense de Apicultores e Meliponicultores (Femapmel) faz parte das ações que a Sagrima está incentivando para fortalecer a produção de mel no Maranhão. A previsão é de que a federação seja criada em meados do mês de setembro.
O engenheiro agrônomo da Sagrima, Luís Coelho, que participou da reunião da câmara, explicou que a federação vai proporcionar mais representatividade aos apicultores maranhenses. “Os associados poderão acessar recursos dos agentes financeiros e dos governos federal, estadual e municipal para custear projetos como casas de mel, aquisição de caminhões, melhoria de caminhos de acesso e produção de rainhas”, explicou Luís Coelho.
O secretário da Sagrima, Cláudio Azevedo, informou que além destes projetos, já estava previsto pelo governo estadual a distribuição de quatro mil abelhas rainhas geneticamente melhoradas a pequenos apicultores do estado. “A nossa expectativa é quintuplicar a produtividade de cada colmeia beneficiada. Será uma ação que colocará o estado em condições de competir com outros países no que se refere à produção, com a vantagem de que poucos países têm o potencial de crescimento que temos para a atividade”, enfatizou Cláudio Azevedo.
Apesar da estiagem enfrentada pelo Maranhão em 2012, o estado produziu mais de 2,5 mil toneladas, ocupando o 10º lugar no ranking nacional de produção de mel e 5º lugar na classificação entre os estados do Nordeste.
Luís Coelho informou ainda, que durante a reunião da câmara setorial foi acertado que será composta uma comissão com representantes da Sagrima, Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Sebrae, Superintendência Federal da Agricultura e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes) para a elaboração de projetos, que poderão ser custeados, também, com recursos do Fundo Maranhense de Combate à Pobreza (Fumacop).
Algumas das instituições que compõem a câmara do mel são: Codevasf, Embrapa, Mapa, Sedes, Sagrima, Ibama, BNB, BB, IFMA, UEMA, UFMA, Sema, Conab, Ministério do Desenvolvimento Agrário,Turimel, Apecadi, Apmel, Inagro, Senar, Coopmel, Associação dos Apicultores de Brejo, Apaco, Sebrae, Frutamel, Associação dos Produtores de Centro Novo e Associação de Produtores de Anajatuba.
Publicado em Geral na Edição Nº 14665
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