Paraguai - O ministro da Justiça e Cidadania do Brasil (MJC), Alexandre de Moraes, e o ministro da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), Hugo Quintana, estiveram juntos nesta sexta-feira (22), para apresentar os resultados da Operação ‘Nueva Alianza XIII’, realizada pelo governo paraguaio em cooperação com a Polícia Federal do Brasil. A reunião aconteceu em Pedro Juan Caballero/Amambay, no Paraguai.
Com o objetivo de combater a produção e o tráfico de drogas na região, a operação resultou, ao longo de 12 dias, na erradicação de 162 hectares de cultivo de maconha, além da apreensão e incineração de 67 mil quilos da droga que estavam prontos para comercialização. Também foram destruídos 103 acampamentos, 38 prensas e 350 quilos de sementes a serem usadas para plantação. As ações da ‘Nueva Alianza XIII’ impediram a circulação de 553 mil quilos de maconha, o equivalente a cerca de 16 milhões de dólares que seriam destinados ao narcotráfico.
A operação conjunta entre os dois países (Nueva Alianza) começou em agosto de 2013. Ao todo, as ações possibilitaram a erradicação de 2,2 mil hectares de cultivo da droga no Paraguai, o que representaria uma produção de 6,8 mil toneladas da erva. No total, foram destruídos 270,4 mil quilos de maconha prontas para a venda, dando um prejuízo total de 212,3 milhões de dólares ao narcotráfico.
Dados da Polícia Federal mostram que 80% da maconha produzida no Paraguai são destinadas ao Brasil. Parte da operação foi custeada pelo Ministério da Justiça, enquanto as ações operativas ficaram a cargo da Senad do Paraguai. Geralmente, as áreas usadas para a plantação de maconha são inóspitas, sendo necessárias essas relações bilaterais. A cada 40 mil dólares investidos em cerca de 10 dias de operação aérea e terrestre, a polícia consegue provocar um rombo aos grupos de narcotraficantes na ordem de 7 a 9 milhões de dólares.
O ministro afirmou que uma das prioridades do governo é o combate a crimes transnacionais. “Quando se fala na necessidade de termos fronteiras mais seguras o que estamos salientando é a necessidade de um reforço presencial e principalmente cooperações como esta: operação bilateral com inteligência, parceria”. O ministro destacou ainda a operação realizada no campo. “É muito mais eficiente que possamos erradicar as drogas já na fase de plantação.
Moraes disse ainda que a conversa com o ministro da Paraguai leva a uma ampliação desse tipo de operação. A maior parte da droga produzida no Paraguai vai pro Brasil, então temos o dever de apoiar as autoridades paraguaias.
Os ministros, juntamente com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e o Secretário Nacional de Segurança Pública, Celso Perioli, reforçaram a parceria no enfrentamento ao tráfico de drogas nos dois países.