O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) lançou, nesta quarta-feira (20), o Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense. A publicação faz uma ampla análise sobre a dinâmica da economia maranhense a curto e médio prazos, bem como análise dos cenários nacional e internacional.
O Boletim é o resultado de uma das linhas de pesquisa do Imesc, instituição que reúne, sistematiza e analisa informações sobre a realidade do Maranhão. A publicação também atua como um importante documento de análise para o Planejamento Econômico do Estado, auxiliando pesquisadores, acadêmicos, empresários, trabalhadores e potenciais investidores, como aponta o presidente do Imesc, Felipe de Holanda:
“A análise de conjuntura produz um painel privilegiado de informações para os tomadores de decisões estratégicas, tanto no setor público, quanto no setor privado. Em nossa pesquisa e nas discussões semanais do Grupo dedicamos uma atenção especial ao monitoramento e avaliação das políticas públicas e de seus impactos sobre a economia maranhense, de acordo com nossas atribuições institucionais, de dar suporte às atividades do Sistema de Planejamento do Estado”, destacou.
O nível de atividade econômica do Estado é avaliado por meio de indicadores relacionados ao Produto Interno Bruto (PIB), à produção agrícola, à confiança do empresário industrial, ao financiamento imobiliário e ao comércio.
Para contextualizar de maneira ampliada a realidade do Maranhão, a equipe de Conjuntura Econômica do Imesc analisa no Boletim de Conjuntura, a sistemática do cenário internacional, tratando da dinâmica das principais economias avançadas e emergentes, além da análise da economia nacional, mapeando os principais condicionantes da situação da economia brasileira.
O Boletim de Conjuntura apresenta ainda análises relacionadas ao endividamento do Estado, ao comércio exterior, ao mercado de trabalho e às finanças públicas estaduais (incluindo a avaliação da responsabilidade fiscal), além da análise dos desdobramentos e impactos das principais políticas públicas sobre a atividade econômica no Estado.

Cenário maranhense
Com a provável retração do Produto Interno Bruto (PIB) nacional na casa de 3,5% em 2016, teremos no triênio 2014-2016 uma queda acumulada superior a 8% no PIB brasileiro, sendo superior a 12% no PIB per capita. Esse cenário tem forte impacto na realidade estadual, uma vez que gera forte retração nas transferências correntes federais, a exemplo do Fundo de Participação do Estado (FPE) com perda de R$ 1,3 bilhão na arrecadação do Estado entre janeiro de 2015 e junho de 2016.
O Maranhão perde também com a paralisação de programas e obras federais, a exemplo do Programa Minha Casa Minha Vida e de outras obras de infraestrutura federais, a exemplo da duplicação da BR-135.
Esses impactos negativos gerados pela crise nacional, no entanto, atingem o Maranhão com menor intensidade em relação a outros estados, em função de medidas anticíclicas e fiscais adotadas pelo governo estadual.

Salários de servidores em dia, obras e programas sociais avançando
Com a racionalização dos regimes de incentivos fiscais e combate a sonegação fiscal, o governo do Maranhão, mantém em dia a folha de pagamentos dos servidores públicos, ao contrário da maior parte dos  demais Estados, ao mesmo tempo em que dá continuidade a estratégias de investimento na melhoria da qualidade de vida da população, a exemplo do Plano Mais IDH, do Programa Mais Asfalto, da construção da rede de hospitais macrorregionais, dos investimentos na ampliação da rede de abastecimento de água, dentre outros.
O Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense do 2º trimestre de 2016 encontra-se disponível no site do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos. Acesse pelo link:  imesc.ma.gov.br