São Luís - O presidente da Força Sindical MA, José Ribamar Frazão Oliveira, acompanhado do diretor Nilson Ferraz, entregou na manhã dessa terça-feira (10), ao presidente da Assembleia Legislativa em exercício, deputado Neto Evangelista (PSDB), e ao deputado Jota Pinto (PR), ofício solicitando a realização de uma audiência pública para tratar da crise na empresa Alumínio do Maranhão SA – Alumar.
Conforme Frazão Oliveira, a queda nos preços das comodites do alumínio e o alto custo da energia elétrica no Maranhão são os principais responsáveis pela ameaça de fechamento da empresa que emprega, direta e indiretamente, cerca de 8 mil trabalhadores no Estado.
A Força Sindical já esteve em contato com o presidente da Alcoa para a América Latina, Franklin Feder, durante encontro mantido com o vice-governador do Estado, Washington Oliveira.
A Alumar afirma estar tendo um prejuízo de R$ 600 por tonelada de alumínio produzida e já fechou duas fábricas, uma na Europa e outra nos Estados Unidos. A questão da permanência do grupo Alcoa no Brasil deve chegar à presidente Dilma Rousseff, ao ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e ao ministro das Minas e Energias, Edison Lobão.
Em entrevista à imprensa, Frazão Oliveira reclamou da terceirização da atividade fim da Alumar, que não é permitida pela legislação brasileira e da ausência de verticalização nesses 30 anos de presença da Alumar no Estado. “Todos nós esperávamos que no entorno da Alumar surgissem outras empresas fabricando produtos derivados do alumínio, como panelas, colheres etc.”, lembrou.
Acompanhado do deputado Jota Pinto (PR), o presidente Neto Evangelista acatou, de imediato, a proposta de realização da audiência pública e chegou a lamentar o congelamento das ações sociais da empresa no Estado. Jota Pinto propôs o envolvimento dos deputados federais e senadores maranhenses no debate, e a convocação da Eletronorte para a audiência.
Neto Evangelista pretende focar a audiência pública na presença do grupo no Maranhão. “A Assembleia tem que participar desse debate. Afinal de contas, são 8 mil pais e mães de família que se sentem ameaçados com a possibilidade de fechar a empresa”. Para ele, a questão afeta diretamente ao Ministério das Minas e Energias, pois a Eletronorte cobra a tarifa de energia mais cara do mundo, cerca de US$ 80 por KW. (Assessoria)