O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Sergio Etchegoyen, disse ontem (15) que o governo vai revisar as medidas de segurança no país para a Olimpíada Rio 2016 após o atentado em Nice, na França, que deixou ao menos 84 mortos e 100 feridos.
“Estamos ainda sob o efeito do choque da tragédia que atingiu a França. Desde aquele momento, o Ministério da Justiça, Ministério da Defesa e o Gabinete de Segurança Institucional estão trabalhando para que se possa garantir que continuemos no mesmo nível de segurança para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Isso exige uma série de revisões, de novas providências e trabalho intenso daqui para a frente para que mantenhamos o nível de segurança. Obviamente, nossas preocupações subiram de patamar”, disse Etchegoyen, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
Segundo Etchegoyen, os ministros da área de segurança e defesa estão revisando todo o dispositivo de segurança para identificar eventuais lacunas. Como essa revisão, identificadas as lacunas, haverá incremento de algumas medidas, como mais postos de controle e barreiras, além de interdições no trânsito, explicou.
“É importante que a população entenda que vai trocar um pouco de conforto por muita segurança. Estamos prontos para os Jogos 2016, apenas vamos revisar nossos procedimentos [ ]. Temos o dever, a partir do que aconteceu [atentado na França], de revisar todos os nossos procedimentos para checar se há lacunas. Necessitamos fazer uma auditoria sobre nosso planejamento para ver se sobra alguma lacuna que tenhamos, por alguma razão, negligenciado”, acrescentou.
Reunião
Etchegoyen informou que o presidente interino Michel Temer vai coordenar hoje, às 16h, no Palácio do Planalto, reunião com os ministros da Defesa, da Justiça e do GSI para tratar da segurança na Olimpíada após o atentado na França.
Possibilidade de ataque
Perguntado sobre ameaças terroristas no Brasil, o ministro do GSI disse que há “possibilidades” de ocorrência de atentados no país como em qualquer lugar. “Considerando as circunstâncias, eu falo em possibilidades da ocorrência de eventos terroristas. [ ] Quando chegar a informação de que haveria uma tentativa concreta, a gente muda a palavra para probabilidade”, afirmou Etchegoyen.
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