Último título do Sampaio foi a Copa do Nordeste 2018 - Foto Futura Press

Tudo está parado no futebol mundial. Porém, neste 25 de março de 2020, o tempo traz sinal de movimento: o Sampaio Corrêa completa exatos 97 anos. Data vivida com o ineditismo de passar por uma suspensão totalitária de suas atividades desta forma, assim como o esporte mundial que vive o drama da situação pandêmica do novo coronavírus.
Para 2020, entretanto, os planos estão na mesa e a busca é seguir enumerando conquistas. O maior campeão maranhense (33) quer levantar a taça do Estadual novamente depois de dois anos, tempo inclusive que sequer chegou às finais da competição local.
No Campeonato Maranhense o Sampaio e sua torcida também se glorifica pelo fato de ser o único time considerado “grande” que nunca foi rebaixado da elite na história do Estadual. Desde que se tornou profissional o Tricolor disputa a principal divisão no Maranhão.
No olhar nacional o alívio de ter voltado à Série B e no discurso da Bolívia Querida existe o pé no chão de permanecer dentro da principal divisão de acesso do país. Porém, sonhar não custa nada... A possibilidade de um inédito acesso para Série A sempre será algo que brilha nos olhos do torcedor que tem sangue encarnado.
Afinal, ao longo desses 97 anos ineditismo não falta. O primeiro (Brasileiro da Série B 1972) e até agora único campeão brasileiro do Maranhão já coleciona estrelas. Pois depois de 1972 vieram as conquistas da Série C de 1997 e Série D 2012, ambas vencidas de maneira invicta. A Bolívia Querida é a única equipe do Brasil a ter estrelas em três divisões distintas.
Inédita também é a honraria de ter levantado taças em duas regiões diferentes. Antes disputando competições na região Norte, o Tricolor levantou a Copa Norte em 1998 e, vinte anos depois, já devidamente na sua região, o Time do Povo foi campeão do Nordestão em outro feito de vanguarda do futebol maranhense.
Segundo dados do matemático Manoel Martins, em seus 97 anos o Sampaio já realizou 4.239 partidas, com 2.005 vitórias, 1.140 empates e 1.094 derrotas. Em toda sua história, a Bolívia Querida marcou 7.534 gols e sofreu 4.883. (Por Afonso Diniz)