Aprender a jogar futebol no Brasil sempre esteve respaldado no significado cultural de sua prática. Desde a infância os brasileiros são influenciados por esse significado. Recebem bolas e uniformes dos clubes preferidos dos pais ou parentes. Torcem por determinados times. Assistem aos jogos pela televisão ou nos estádios, são incentivados a praticar o esporte. Jogam em quadras, na praia, na rua, em terrenos baldios ou em qualquer lugar onde se possa rolar um objeto esférico. Inventam brincadeiras com a bola nos pés. Fazem do verbo “jogar bola” uma identificação praticamente exclusiva do jogar futebol, salvo raríssimas exceções.
O futebol é um objeto social complexo, que pode ser socialmente apropriado de vários modos em diferentes nações, e defende que “cada sociedade tem o futebol que merece”. Ele acredita que o futebol praticado no Brasil não é somente uma atividade com conotações específicas, mas também um jogo a serviço de todo um conjunto de valores e relações sociais, onde a população exercita e aprende costumes do que é ser brasileiro.
E assim também aconteceu com Rodolfo Ferreira de Carvalho Júnior, ou simplesmente Rodolfo, como é conhecido nos meios do futebol. Rodolfo, que é mais um futuro craque do futebol, nascido em Imperatriz, iniciou os primeiros passos no futebol, na extinda Escolinha do Janduí e teve como mestre o treinador Geraldo Lopes. Com a paralisação de atividades da Escolinha do Janduí, Rodolfo foi abraçado pelo JV Lideral e sob o comando do professor Cassius Kennedy, foi campeão em todas as categorias de base do clube, que é um celeiro de revelações de jogadores.
Pelo futebol que joga, Rodolfo, que é o orgulho do Rodolfo Carvalho, que cuida do gramado e de outras dependências do Frei Epifânio, mesmo com apenas 18 anos, além de Janduí e JV Lideral, já passou por clubes como Criciúma, Tubarão e Figueirense. Todos ainda na base. Passou uma temporada na base do Imperatriz e atualmente está no time profissional do Tocantinópolis, pelo qual vai disputar o Campeonato Tocantinense. Rodolfo se apresenta ao time tocantinense no próximo sábado, 20.
Rodolfo foi considerado o melhor jogador do Campeonato Imperatrizense Sub-23. O garoto, que bate de canhota, foi o artilheiro da competição, com 8 gols em cinco jogos.
Com 18 anos, está apenas começando uma trajetória que ainda vai dar o que falar. O Tocantinópolis tem tradição em dar seguimento à carreira de jogadores, pois de lá saíram craques como Sandro Hiroshi, Anailson, Marlone e mais recentemente, Luis Fernando, que foi uma das revelações do Brasileirão de 2017 pelo Atlético de Goiás e foi adquirido pelo Botafogo-RJ.
Publicado em Esporte na Edição Nº 16049
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