A derrota por 1 a 0 para o Cordino, nessa segunda-feira, no Nhozinho Santos, na preliminar de Sampaio 2 x 0 Viana, custou ao São José a eliminação da final do segundo turno do Campeonato Maranhense, mas custou mais caro ainda para o Moto Club, que em três anos foi rebaixado para a segunda divisão pela segunda vez. A primeira queda foi em 2009, após ser campeão em 2008.
O Papão não sabe se volta para o segundo semestre para disputar a Copa União e a Taça Cidade de São Luís. Uma reunião está prevista para hoje entre conselheiros. O presidente da Junta Governativa, Sarney Neto, e o vice, Washington Cutrim, estão sumidos do clube há bastante tempo.
O Moto começou a cair na primeira rodada do Estadual quando colocou o time todo em campo de forma irregular e foi punido pela Justiça Desportiva com a perda de seis pontos.
Nos últimos dois meses, a torcida tomou a frente do time, bancando despesas de alimentação, viagens e até dando “vales” aos jogadores. O Moto foi rebaixado com dois pontos a menos que Cordino e Imperatriz na contagem geral e apenas na frente do Sabiá, que também foi rebaixado.
Na verdade, o Moto dependia de um milagre, ou melhor, de dois milagres para se livrar do rebaixamento para a 2ª divisão do futebol maranhense, pela segunda vez em apenas três anos.
O primeiro milagre aconteceu na quinta-feira. O empate entre Cordino e São José, por 3 a 3, em Barra do Corda, deu sobrevida ao Moto. Segunda-feira, não teve jeito. O Cordino conseguiu quebrar dois tabus de uma só vez e ainda mandou o Moto para a Segundona.
O time de Barra do Corda nunca havia vencido uma partida fora de casa, mas ao fazer 1 a 0 no São José, em pleno Nhozinho Santos, garantiu vaga na decisão do segundo turno do Campeonato Maranhense.
Surpresa? Nenhuma. O Moto mais uma vez mereceu o rebaixamento. Foi um time que abusou da desorganização e da falta de comando. O reflexo tomou conta do time, que teve uma campanha pífia.
De forma incrível, o Moto de Sarney Neto conseguiu repetir o feito de Cleber Verde. O pior de tudo isso é que esse novo rebaixamento não servirá para nada. O Moto está completamente abandonado e tem apenas a sua torcida fiel, que a única coisa que pode fazer é chorar por mais um rebaixamento.
Um fato chama a atenção nesse rebaixamento do Moto: um erro de arbitragem. Se o assistente Cleilson Medeiros não tivesse anulado o lance do gol legítimo do Imperatriz, no jogo contra o Cordino, na última rodada do segundo turno, o rebaixado teria sido a Onça. Pela anulação do gol, confirmado pelo árbitro Mayron Frederico dos Reis Novaes, que não quis chamar para si a responsabilidade do lance, mesmo já tendo sinalizado para o meio-campo, o assistente Cleilson Medeiros recebeu uma punição de 30 dias. A punição ao assistente é o reconhecimento da CEAF de que o lance foi legal e que não houve nada que pudesse provocar a anulação do gol.
Publicado em Esporte na Edição Nº 14403
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