A Justiça Trabalhista Federal penhorou na manhã de ontem cerca de R$ 100 mil que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) repassa mensalmente à Federação Maranhense de Futebol (FMF). O valor, mais conhecido como “mensalão”, seria utilizado para pagar funcionários, encargos sociais e a reforma no prédio onde funciona a entidade que dirige o futebol do Maranhão.
Conforme a FMF, a penhora total do mensalão foi realizada para pagar dívidas da entidade com encargos federais com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que não foram quitadas pela gestão anterior, que passou mais de 23 anos no comando da entidade. “É um absurdo que nós, que não contraímos nenhum débito em nossa gestão, sejamos penalizados por erros da gestão anterior”, afirmou.
Apesar do rombo inesperado nas finanças, o presidente da FMF, Antônio Américo, garantiu que os salários dos funcionários e despesas como luz, água e telefone serão pagos por meio de recursos que a entidade tem guardados. “Como presidente, terei de dar um jeito de pagar as dívidas da FMF mesmo tento todo o nosso repasse da CBF penhorado. Quero tranquilizar funcionários e fornecedores, pois, apesar do problema, todos serão pagos”, afirmou.
Para evitar que recursos da entidade fossem alvo de penhora eletrônica do INSS em razão de dívidas trabalhistas, a FMF não tem uma conta bancária em seu nome, como a maioria das federações de futebol do Brasil. A entidade, assim como os clubes, usa artifícios para driblar a Justiça Federal para não ter seus recursos penhorados.
Esse é o segundo rombo que Antônio Américo tem em sua gestão. Em maio de 2013, a entidade foi assaltada por quatro homens, que levaram cerca de R$ 80 mil, que estavam guardados na sede por não poder ter conta em banco.
Publicado em Esporte na Edição Nº 14923
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