O Imperatriz não conta mais com seu camisa 10, Gabriel Caju, para a temporada 2020. A saída do meia foi confirmada a O PROGRESSO pelo empresário do atleta, Gilson Tussi, na manhã desta segunda-feira (30). O desligamento só foi possível por conta de uma liminar judicial, onde diz que o jogador não recebe salário desde o mês de setembro deste ano. A liminar suspendeu o contrato do jogador, que iria até o fim de 2023.
Segundo o empresário do meia, desde setembro o atleta não recebia os vencimentos, cujo valor era de R$ 1.000,00 mensais. A Lei Pelé, no artigo 31, garante ao jogador a rescisão contratual em caso de três meses ou mais de salários atrasados. Para a lei, se o jogador tem contrato lhe garante o recebimento mensal dos seus vencimentos mesmo após o término da temporada.
“Eles deixaram de pagar o Gabriel os meses de setembro, outubro e novembro. É difícil para alguém que recebe apenas mil reais por mês ficar sem receber tanto tempo assim. Orientei o atleta a falar com o treinador, o qual não tinha nada a ver com isso, para deixar de ir aos treinos. Não fazia sentido continuar indo sem receber”, afirmou. “Ele (Caju) gosta muito do clube, da camisa Imperatriz, só que é difícil. É um atleta que a família tem necessidades financeiras. [...] E pra eles (Imperatriz) era muito fácil ter um camisa 10, ganhando mil reais por mês”.
Tussi também explica que ainda durante a disputa da Série C deste ano, o Paraná Clube sondou o atleta para um empréstimo até o fim da Série B. O empresário também diz que chegou a conversar com o diretor de futebol, Rodrigo Oliveira, mas não obteve retorno a tempo e as negociações esfriaram. Ainda de acordo com Tussi, outro clube que também sondou o meia foi o Bahia, que disputa a Série A. As negociações também não tiveram o retorno do vice de futebol. “Eu estive esse ano em Imperatriz, durante a reta final da Série C para falar com o Rodrigo. Levei uma proposta do Paraná Clube, e a gente tentou fazer uma negociação com ele. Era coisa muito simples: depois do jogo do Juventude, ele iria embarcar diretamente para Curitiba e terminar a Série B do Brasileiro com opção de compra ou com opções que futuramente poderiam ajudar o Imperatriz. Porém eu não tive retorno do Rodrigo”, destacou.
O vice de futebol do Imperatriz, Rodrigo Oliveira, afirmou que o clube tem em mãos o comprovante de pagamento ao jogador. Diz também que o caso já está nas mãos da justiça e que o clube vai esgotar todos os recursos necessários. Perguntado se o houve atrasado no ou qualquer divergência nas pendências com Gabriel, Rodrigo preferiu não se pronunciar, alegando não querer atrapalhar o caso.
“Realmente ele entrou com o pedido de liminar, para poder rescindir o contrato dele. O nosso jurídico está trabalhando em relação a isso. O clube não deve nada ao Gabriel, anexou inclusive na defesa o comprovante de pagamento de salário. Quem vai decidir é a justiça. Existem vários recursos e o Imperatriz vai esgotar todas as possibilidades”, explicou.
Segundo Gilson Tussi, no próximo dia 3 de janeiro Gabriel Caju se apresenta ao Cuiabá para a temporada 2020. Segundo o empresário, o contrato já foi assinado e o meia vai disputar o Campeonato Mato-grossense e a Série B.
Outro que deixou o Imperatriz foi Marquinhos Bala, alegando que iria abandonar o futebol profissional. Entretanto, foi flagrado assinando contrato com o Novo Hamburgo.
Publicado em Esporte na Edição Nº 16538
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