Os jogadores do Imperatriz cumpriram a promessa e paralisaram novamente as atividades, não treinaram ontem e também não treinarão hoje. Além disso, estão ameaçando não entrarem em campo neste sábado (5) para a partida contra o Palmas, a última do time colorado na primeira fase do Campeonato Brasileiro Série D.
O grupo resolveu pela paralisação em reunião realizado na noite de quarta-feira (2), logo após o treinamento no estádio municipal Frei Epifânio.
O presidente José Carneiro Santos, o Buzuca, mesmo comunicado do fato, pelo menos até o fechamento dessa edição, ainda não tinha procurado os jogadores para uma conversa franca para tentar contornar a situação. A questão é que os jogadores não estão mais acreditando no presidente, tendo em vista que acordos anteriores já foram feitos e não cumpridos.
O goleiro Raniere, em entrevista a O PROGRESSO, admitiu que a derrota para o Santos-AP foi vergonhosa, principalmente pela situação do time amapaense, que passou praticamente todo o segundo tempo com nove jogadores. Mas disse também que a situação já chegou ao limite da tolerância. “Nós estamos no nosso limite de tolerância. Por isso, o grupo decidiu mais uma vez que não vai treinar até que a situação seja resolvida, ou seja, o pagamento de pelo menos dois meses de salários”, enfatizou.
Os jogadores têm todo o direito de reivindicar os seus direitos e a greve é uma forma legal dessa reivindicação. Mas na questão de provocarem um W O, aí a situação já muda. Afinal de contas, ao torcedor e à cidade de Imperatriz, eles devem respeito, porque defendem nada mais nada menos do que o principal time da cidade e que tem uma história no futebol maranhense, nordestino e brasileiro. E que pensem também na forma que vai ficar o currículo de cada um, no qual ficará a marca de que provocou um W O por conta de salários atrasados, fato que jamais aconteceu no futebol brasileiro.
Outra coisa que estão apregoando por aí é que, se os jogadores não entrarem em campo sábado, o Moto seria o beneficiado. Isso não existe. Caso o W O aconteça, fato que não é cogitado, mesmo com as ameaças, o Imperatriz será denunciado tendo por base a súmula do jogo, onde o árbitro relatará que o time não compareceu a campo, pela procuradoria da CBF e o STJD julgará o caso. Portanto, não haverá, em primeira instância, benefício nenhum para o Moto.
O presidente Buzuca foi procurado pela reportagem de O PROGRESSO, mas não foi encontrado nem retornou as várias ligações feitas para o seu celular. Ontem ele não compareceu na sessão da Câmara Municipal. A situação é crítica e jamais se tinha visto um fato como esse no Cavalo de Aço.
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