Presidente da Junta Governativa do Imperatriz, Edvaldo Cardoso, participou da reunião

Sem o Viva Nota não tem III Copa União. Essa foi a decisão tomada pelos oito clubes que vão disputar a competição, cujos representantes se reuniram nessa quinta-feira (18) com o presidente da FMF, Antônio Américo. Como o dinheiro do governo não deverá sair antes do dia 26 do corrente, data prevista para começar o torneio, a Copa União teve seu início adiado para o dia 19 de agosto.
Em comissão, os dirigentes de clubes e a FMF foram recebidos pelo deputado Ricardo Murad, secretário de Saúde, que tem penetração em todos os setores do governo. Ele prometeu tentar liberar o dinheiro do Viva Nota nos próximos dias para assegurar a realização da III Copa União.
O secretário se sensibilizou com a falta de recursos dos clubes, que dependem do dinheiro do Viva Nota para que a competição possa ser efetivada. Em virtude do adiamento do início e em função das desistências de Santa Quitéria e Viana, o Departamento Técnico da FMF vai refazer a tabela.
O secretário de Fazenda, Cláudio Trinchão, já informou que o governo quer ajudar os clubes, mas precisa encontrar os meios legais. “O assunto ainda está na Procuradoria. Eu acredito que até a próxima semana teremos o parecer jurídico. Posso adiantar que o governo quer dar a sua contribuição ao futebol, mas tudo deve ser feito dentro da lei”, afirmou.
E este tem sido o grande problema devido à situação da Federação Maranhense de Futebol, que criou um instituto para gerir esse dinheiro, mas que, segundo a Sefaz, é ilegal, porque já existe um convênio com a AmaClubes, dirigida pelo presidente do Sampaio, Sérgio Frota, que tem a mesma finalidade.
Com tudo isso, porém, é preciso que o futebol profissional do Maranhão se estruture. Os clubes profissionais não podem ficar apenas esperando dinheiro do governo para disputar as competições. Aí é que se faz a pergunta: quer dizer que, se não tiver o dinheiro do governo, não terá mais futebol no Maranhão?
O incentivo do governo ao futebol é válido, mas não pode ser quem banca totalmente as competições. Os clubes e federação precisam buscar outras alternativas de patrocínios para as competições.