Diretoria do Imperatriz vai fundo para que erro de arbitragem seja alvo de punição

O Imperatriz, através do vice-presidente Alexandre Araújo dos Santos (Alex Santos), protocolou na secretaria da procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Maranhão (TJD-MA) a apresentação de notícia de infração ocorrida no jogo entre o clube tocantino e o Sampaio Corrêa, domingo passado, na capital maranhense.
O Imperatriz apresentou a notícia de infração para propor denúncia e, em função disso, pedir a anulação da partida alegando erro do árbitro Juscelino Sousa Santos.
Por volta de 15 minutos do primeiro tempo, houve uma queda de energia no estádio Nhozinho Santos, o que ocasionou uma paralisação de 10 minutos. Após o restabelecimento da energia, a partida reiniciou normalmente até o seu término, ou seja, até os primeiros 45 minutos, sem que o árbitro Juscelino Sousa Santos acrescentasse sequer um minuto.
Para dar mais fulcro ao requerimento protocolado junto à secretaria da procuradoria do TJD-MA, o Imperatriz citou o caso do jogo Viana x Chapadinha, em 2009, em que o Viana fez 8 gols em 8 minutos. Isso para deixar claro que o Imperatriz, durante os minutos que o árbitro deixou de acrescentar, poderia ter empatado ou até virado o jogo, como também o Sampaio poderia ter ampliado o placar.
A notícia de infração, que pode ser feita por qualquer pessoa física ou jurídica, independente de ser dirigente ou não da entidade esportiva, tem como base o artigo 74 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
A diretoria do Imperatriz vai até o fim na intenção de que o jogo seja realmente anulado alegando, entre outras coisas, erro de direito. O artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva diz que “a partida, prova ou equivalente poderá ser anulada se ocorrer, comprovadamente, erro de direito”.
Erro de fato é a interpretação equivocada do evento, erro de direito é a interpretação ou aplicação errada da regra. E, pelo que foi visto no caso do jogo entre Imperatriz e Sampaio, o árbitro Juscelino Sousa Santos deixou de aplicar o que determina a regra sétima do futebol, que fala sobre o tempo de jogo.
“Se nada ocorrer em nível estadual, vamos recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva”, disse Alex Santos.