Realmente, o ano de 2016, mesmo ainda longe de acabar, é para esquecer no que diz respeito à Sociedade Imperatriz de Desportos (SID). Além dos vários problemas, principalmente na questão financeira, o amadorismo ficou ainda mais patente com a escalação de um jogador sem a devida condição de jogo na primeira partida da semifinal do segundo turno, contra o Sampaio Corrêa, em São Luís.
O zagueiro Clayton He-Man foi escalado sem a devida condição de jogo, porque teria de cumprir suspensão automática, tendo em vista que tinha recebido o terceiro cartão amarelo na partida contra o Araioses. E seria novamente escalado na volta, o que poderia piorar a situação, mas a Federação Maranhense de Futebol (FMF), através do seu departamento de competições, alertou ao Imperatriz e He-Man ficou fora da partida de volta. Inventaram que ele havia sentido durante o aquecimento, mas não tinha sido nada disso. Por conta dessa falta de organização, o Imperatriz vai perder seis pontos, que será diminuído dos 15 que conquistou em todo o campeonato. Ainda bem que não terá nenhum perigo quanto à questão de rebaixamento.
Segundo informações, Antonio Carlos Santos, o popular ‘Japão’, que é quem cuida disso no Imperatriz, teria confundido que o cartão teria sido para Clayton Carioca, que não estava nem pendurado. Mas o cartão foi para Clayton He-Man. Na verdade, os dois Claytons jogaram na primeira partida.
O Sampaio já sabia de tudo e por isso trouxe um time reserva, porque tinha a certeza de que, mesmo que perdesse o jogo para o Imperatriz, não haveria problema algum. Não ganharia os três pontos, mas não correria nenhum risco de ficar fora da final do segundo turno, porque já sabia de antemão que o Imperatriz seria punido por escalação de jogador sem a devida condição de jogo.
Em 2007, aconteceu um caso idêntico, desta feita com o jogador Rossini, que foi escalado com quatro cartões e, por coincidência, em um jogo justamente contra o Sampaio. Na época, quem cuidava dessa parte era o Silvano, que disse que teria confundido e pensou que o jogador já tinha cumprido a automática. Na ocasião, quem era o manda-chuva do Sampaio era o José Alberto de Moraes Rego, o Geografia, que denunciou o caso. A falha custou ao Imperatriz a classificação para a série B. Vale lembrar que o presidente da época, atual deputado estadual Léo Cunha, fez tudo o que foi possível e até impossível para que o Imperatriz não perdesse os pontos, mas foi em vão. O caso foi julgado pelo STJD.
Publicado em Esporte na Edição Nº 15601
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