Antônio Américo descartou culpa da FMF no caso

A Federação Maranhense de Futebol encaminhou, nessa terça-feira (31), para a Segunda Comissão Disciplinar do TJD-MA (Tribunal de Justiça Desportiva do Maranhão), as súmulas dos três jogos em que quatro equipes atuaram com jogadores de forma irregular na primeira rodada do Campeonato Maranhense. Os nomes desses atletas não constavam no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF daquele dia (22/01), portanto não estavam legalizados. As súmulas são dos jogos Sabiá 0 x 1 MAC, Cordino 4 x 2 São José e Moto 2 x 1 Bacabal.
Segundo levantamento feito pelo departamento de registro da FMF, o Sabiá teve 15 jogadores irregulares na súmula, o Cordino, de Barra do Corda, dois atletas (amadores), o São José de Ribamar, 13 jogadores, e o Moto Club, 16 jogadores. Dos 18 atletas que o time motense levou para o jogo contra o Bacabal, apenas os nomes de dois deles apareceram no BID. Sampaio, MAC, Viana, Santa Quitéria, Imperatriz e Bacabal não colocaram atletas de forma irregular.
O presidente da FMF, Antônio Américo, disse que poderia até baixar um ato administrativo, mas se fizesse isso estaria prestando um desserviço ao futebol maranhense, em função dessa situação não ser muito normal. Ele reconhece que os clubes tiveram um pouco de dificuldade para legalizar seus jogadores, porque na sexta-feira (20), véspera da abertura do Estadual, foi feriado no Rio de Janeiro (Dia de São Sebastião) e a CBF não funcionou.
Antônio Américo ressaltou que ainda tentou convencer a CBF a abrir no sábado (21), mas a entidade não aceitou. Diante disso, o presidente aconselhou os clubes, principalmente o Moto, a não entrarem em campo, pois perder por WO seria mais fácil justificar a ausência no jogo ao Tribunal, o que evitaria o clube de ser penalizado.
O presidente afirmou ainda que os clubes têm de assumir seus atos e responsabilidades porque sabiam que estavam irregulares e tiveram tempo de ler e reler o regulamento do campeonato, que foi publicado no site da FMF desde o dia 30 de novembro do ano passado. “Não tem desculpa, houve tempo para ler o regulamento, mas como o momento é de mudança no futebol, temos de relevar essa situação por se tratar de um início de campeonato”, finalizou Antônio Américo, que descartou qualquer responsabilidade da Federação no caso.