O professor Ênio Gomes, após ficar sabendo que a diretoria do JV Lideral desistiu de disputar o Campeonato Maranhense de Futebol Feminino de 2017 e tendo ficado calado, resolver agora se manifestar sobre o assunto.
Ênio Gomes disse inicialmente que é de se lamentar que a diretoria do Tricolor do Camaçari tenha tomado essa decisão. “É com muita tristeza e decepção que vejo o fim do time de futebol feminino do JV Lideral, que em tão pouco tempo de existência deu a nós imperatrizenses muitas alegrias”, disse.
Ênio Gomes afirmou que a linda história do time feminino do JV Lideral começou em 2015 e que não foi nada fácil, porque montar uma equipe de futebol e ainda feminina, onde gera ainda muito preconceito, é bastante difícil. Mesmo assim, foi montada uma base com atletas entre 14 e 17 anos para disputar o Campeonato Maranhense. “Como já não bastasse a falta de apoio, muitos me chamaram de louco. O que é mesmo que tu quer mexer com time feminino, moço, e ainda mais colocar em campeonato? Isso tem gasto, me indagavam”, disse Ênio.
Mas, por outro lado, segundo Ênio, foi realmente uma loucura, pois a mais nova equipe feminina do futebol maranhense estaria frente a frente com equipes já experientes como o Viana, que em termos de futebol feminino, era quem dava as cartas no futebol maranhense. O time disputou o maranhense de 2015 e desbancou o Viana, até então o detentor de todos os títulos do Campeonato Maranhense Feminino. Com esse título, o JV Lideral conquistou a vaga para a Copa do Brasil, onde fez uma boa campanha, mas não conseguiu chegar mais à frente.
Mas quando se pensava que o apoio viria com a conquista do estadual, ledo engano. “Deu vontade de desistir, mas quando eu olhava nos olhos de cada uma das atletas, tendo a oportunidade de disputar seu primeiro campeonato nacional, eu resolvi topar o desafio”, enfatizou.
Este ano, o JV Lideral Feminino, já com outra direção, tendo inicialmente como técnico Leandro Lago, que foi demitido e contratado o técnico Everaldo Santos, o Vevé, disputou o Brasileiro Feminino Série B e não passou da primeira fase.
“Agora do nada conseguiram acabar um trabalho, uma história criada dentro de dois anos em apenas três meses. Lamentável, isso à inadmissível dentro do esporte”, finalizou Ênio Gomes.
Publicado em Esporte na Edição Nº 15976
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