A Federação Maranhense de Futebol (FMF) acenou com a possibilidade do Campeonato Maranhense ser retomado no dia 1° de agosto de 2020, já marcou até reunião com os representantes das oito equipes que estão disputando a primeira divisão maranhense por videoconferência para a próxima sexta-feira e retorno das atividades dos clubes com treinamentos para o dia 22 de junho.
Ontem a reportagem de O PROGRESSO conversou com o vice- presidente e diretor de futebol da Sociedade Imperatriz de Desportos (SID), Rodrigo Oliveira, e ele foi taxativo em afirmar que dificilmente o Campeoanto Maranhense 2020 será retomado. Rodrigo Oliveira alertou que os clubes do Maranhão não terão condições de arcar com os custos dos protocolos definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que são muito altos. “Não só a nossa Federação, mas como todos nós gostariamos da retomada do nosso Campeonato, mas para que isso ocorra teremos de arcar com custos para cumprimento dos protocolos definidos pela Organização Mundial de Saúde, que são muito altos e não temos condições para isso. Além de tudo, os jogos são realizados sem a presença de público”, reiterou Rodrigo Oliveira.
Rodrigo Oliveira afirmou que por baixo, para a retomada do Campeonato, o Imperatriz teria de gastar em torno de R$ 70 mil, com testes do covid 19, isso só para início da movimentação. “O Imperatriz é uma das equipes que não dispensou ninguém até agora e estamos tirando leite de pedra para manter os compromissos com os jogadores. E não tem onde tirar os valores dos custos desses protocolos”, avaliou Rodrigo.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) criou uma Comissão Médica Especial para desenvolver estudos e elaborar uma protocolo com critérios para orientar o retorno de treinamentos e competições de clubes e Seleções. O primeiro resultado da referida comissão é o Guia Médico de sugestões protetivas para o retorno às atividades do futebol brasileiro, organizado conforme as normas da Organização Mundial de Saúade (OMS), Ministério da Saúde do Brasil (MS), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB).
O documento é uma referência às Federações Estaduais e Clubes que participam das competições coordenadas pela CBF, e pelas Federações filiadas. A as medidas de proteção para o retorno das atividades de futebol apresentadas seguem rigorasamente práticas de segurança e assistência para atletas, membros das comissões técnicas, funcionários e colaboradores, que devem ser implementadas em concordância com as normas estabelecidas pelas autoridades de saúde locais. Esse é um processo dinâmico, que irá requerer atualizações contínuas, na medida em que novas normativas do Ministério da Saúde e da literatura especializada com evidências cientificas comprovadas sejam publicadas.
Esses são os protocolos que os clubes do Futebol Maranhense, terão de cumprir e entre eles está o Imperatriz. “Não temos condições de cumprir nem a metade desses protocolos, devido os custos. Não posso responder pelos demais”, destacou Rodrigo Oliveira.
Publicado em Esporte na Edição Nº 16648
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