Cresce a cada dia em Imperatriz os adeptos da prática do ciclismo como esporte de aventuras e saúde. Imperatriz, que já foi considerada ao lado de Teresina, a capital do Piauí, como uma das cidades com o maior número de bicicletas circulando nas ruas, perdeu este status para a melhora das condições financeiras das pessoas que passaram a comprar motos. Hoje, estão na faixa de 43 mil circulando nas ruas.
Nos últimos três anos, voltou a registrar um crescimento neste tipo de transporte, agora, contudo, como forma de esporte e vida saudável, como afirmou ontem o executivo de vendas, Mauro Mello Albuquerque, um entusiasta pelo esporte e que já tem em seu currículo viagens para toda a região e até o exterior, é capa da revista especializada pelas suas aventuras pelas Cordilheiras dos Andes.
"O ciclismo hoje vem ocupando espaços em Imperatriz, com o crescente numero de pessoas que começam a optar por este tipo de esporte aventura ou mesmo de transporte. Inicialmente, tínhamos poucos grupos, hoje, já são muitos e é fácil perceber nos finais de semana ou mesmo fim de tarde, circulando pelas ruas e rodovias".
O crescimento do ciclismo na cidade, fez os problemas surgirem, como a falta de uma ciclovia e o respeito para com quem utiliza este transporte, como atestou o executivo. "É claro que não é apenas um problema de Imperatriz, mas de todo o País. Há algumas cidades que começam a se preocupar com a segurança dos ciclistas e isso irá ocorrer em Imperatriz dado a necessidade que virão".
Outro diferencial, é que a pratica do ciclismo de aventura e turismo é mais caro do que o ciclismo normal, pois exige uma bicicleta mais confortável, adequada ao ciclista e, ainda, é caro, contudo, há valores diferenciados. "Há bicicletas que custam em torno de trinta mil reais, mais completas, como também há aquelas com preços menores, tem de acordo com o gosto e condições dos usuários".
Por conta do crescimento deste esporte, o setor econômico também está crescendo nesta área, como lojas especializadas em vendas e assistência técnicas em bicicletas de adventure e uma nova atividade profissional, o Personal Bike.
"É verdade: não é apenas os adeptos, mas o setor de bikes para adventures, surgem novas atividades, como o personal bike (profissional especializado em orientar e supervisionar). Só em Imperatriz, já são seis e deve continuar aumentando o número destes profissionais e outros técnicos em consertos"
Mauro Albuquerque alerta ainda para as pessoas que estejam na faixa dos 40 anos, que ainda não estão praticando este esporte, que devam começar o quanto antes, pois alia saúde com qualidade de vida."Sinto-me hoje renovado, tenho percorrido várias cidades e até países, não tenho problemas de saúde e o conselho que dou é que pratiquem ciclismo que sua vida irá melhorar e muito".
Cidades como Carolina, Marabá, Serra das Andorinhas e Cachoeiras de São Bento, onde hoje o grupo do executivo irá, já fazem parte deste roteiro. "O melhor é que, para nós, a região tem um relevo adequado para estas aventuras e já saímos andando de bike, ao contrario de outras cidades, que é preciso levar de carro até um determinado ponto para então pegar as trilhas. Aqui, vamos ao Tocantins ao Pará e a nossa região, mesmo já andando e conhecendo lugares maravilhosos na natureza", finalizou.
Travessia dos Andes
Para comemorar os seus 50 anos de idade, Mauro Albuquerque fez a Travessia dos Andes pelo Paso Pichachén, montado na bike specialized epic aro 29, com SRAM X9, acompanhado de um grupo de 23 pessoas de 5 nacionalidades diferentes (6 do Brasil, 2 da Alemanha, 2 do Chile, 1 da Espanha e os demais de varias regiões da Argentina, sendo ele o único do norte-nordeste do Brasil). Além disso, teve mais 5 pessoas da equipe de apoio, que montavam seus acampamentos, preparavam a comida e davam todo o suporte necessário para que tivessem um certo conforto, mesmo no meio do nada.
Depois, comentou: "viajei sozinho de Las Cuevas a Uspallata, percorrendo 92 quilômetros, onde tive o prazer de chegar aos "pés" do gigante Cerro Aconcágua, o mais alto das Américas. "A Cordilheira dos Andes é um lugar fascinante e faz o Planeta Terra mais bonito. É a segunda mais alta cadeia de montanhas do mundo. Por isso, alpinistas do mundo inteiro vão para lá em busca de aventura e desafio. Mas a região, não é reservada apenas para escaladores radicais, podem serem feitas ótimas pedaladas, principalmente em cima de uma mountain bike. Atravessar os Andes de bicicleta é algo inesquecível. É possível atravessar os Andes, por vários pontos, chamados de Pasos. Fomos pelo Paso Pichachén".
Durante a expedição - contou - tudo muda . "A flora e a fauna são limitadas pelo clima árido de altitude. A vida animal é reduzida a lebres, ratos-dos-Andes, poucos guanacos e raríssimos pumas. Ainda existem condores, perdizes, águias-brancas e falcões". É um caminho que permanece fechado entre abril e dezembro, devido ao inverno andino. No verão, única época do ano possível
Para a realização da viagem, a neve só ocupa os picos de algumas das montanhas com as águas mais calmas do degelo e boas temperaturas.
De acordo com o seu relato, que estará, a partir de hoje, numa revista especializada circulando pelo Sul do País, ele conheceu paisagens únicas, deslumbrantes, desertos, geleiras, picos nevados, tempo cruzaram seco, com temperaturas altas e céu azul, pois as chuvas são raras nesta época do ano.
Cruzaram região vulcânica, um enorme deserto de pedras negras com muito pouca vegetação, dando a idéia real do que foi uma erupção vulcânica no passado. "Aproveitei cada minuto dessa viagem.Fiz novos amigos. Observei o trabalho da equipe da MTB Tours sob a batuta de
Mariano, um verdadeiro líder que nos ensinou como comandar uma equipe em situação adversa aos resultados planejados, com muita alegria e satisfação. Descobri que sou capaz de ir bem mais longe que imaginava e que pedalar aos 50 anos, 400 kilometros pela Cordilheira dos Andes pode ser uma experiência muito prazerosa. Descobri que isso tudo é só o começo!"
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