Cassius Kennedy, das divisões de base do JV Lideral, liderou o movimento, mas acatou a decisão

A novela acabou. Na noite dessa terça-feira (12), a Comissão de Justiça Desportiva da Liga Imperatrizense de Futebol definiu por manter o regulamento do Campeonato Imperatrizense Sub-19 e os jogadores federados não poderão disputar a competição sem a devida transferência.
No regulamento do campeonato, que foi aprovado pelas nove equipes que estão disputando a competição, ficou definido que jogadores federados em associações de futebol, tanto do Maranhão como de outros estados, só poderiam disputar o Campeonato Imperatrizense Sub-19 2016 se fossem transferidos.
Veja o que diz o artigo 13º, que fala sobre a condição de jogo dos atletas, em seu paragrafo 6º: “Só poderão participar do campeonato atletas amadores e os que estiverem registrados em
outras federações deverão ser transferidos para a Federação Maranhense de Futebol”. E o paragrafo 7º do mesmo artigo arremata: “O atleta não poderá em hipótese alguma ser vinculado à outra associação (BID/CBF)”.
Mesmo diante da proibição feita pelo regulamento, representantes das nove associações que estão disputando o Sub-19 resolveram solicitar à Liga Imperatrizense de Futebol (LIF) que passasse por cima do regulamento e aceitasse os jogadores federados sem a necessidade de eles serem transferidos. Os dirigentes alegaram que os altos custos inviabilizaram essas transferências e os garotos estavam frustrados, somente olhando os colegas jogando sem poder estarem em campo.
A LIF, através do seu presidente Luiz Gonzaga Pereira Sousa, mesmo tendo definido em manter o regulamento, passou o problema para a Comissão de Justiça da entidade resolver. A resposta foi na noite de terça-feira. A Comissão definiu por manter o regulamento e os federados continuam fora.
Para os analistas, seria uma temeridade se a LIF abrisse mão do que estava no regulamento e se a Comissão tivesse definido por liberar os jogadores federados, seria aberto um precedente muito grande. “Estaríamos desmoralizados”, disse Antonio Carlos Santos, o Japão, secretário geral da LIF, que foi contra desde o início do movimento pró-federados.