Sociedade Atlética Imperatriz (SAI) foi o nome de fundação, quando uma plêiade de abnegados desportistas, tendo à frente o saudoso Severino Silva, se reuniu e fundou aquele que viria a ser a terceira força do futebol profissional maranhense, pela pujança de sua torcida pelo que representa para uma região. Atualmente, a denominação é Sociedade Imperatriz de Desportos (SID), mudança feita em 2000, mas que jamais perdeu o nome Imperatriz, Cavalo de Aço, time colorado, o xodó dos torcedores da região tocantina, sul e central do estado do Maranhão.
Como acontece com a maioria dos clubes profissionais de futebol de todo o Brasil, o Imperatriz sempre conviveu com dívidas. Entretanto, como está ocorrendo agora, jamais foi visto.
Atualmente, o clube está sem uma diretoria de fato e de direito, várias ações na Justiça do Trabalho e uma dívida estimada em R$ 300 mil, mas que pode ser muito maior.
O atual presidente, o vereador José Carneiro dos Santos, o Buzuca, que era vice do ex-presidente Edvaldo Cardoso, assumiu o cargo ainda no segundo turno do Campeonato Maranhense deste ano. A missão principal foi de arrecadar fundos para pagar salários dos jogadores que disputaram o estadual deste ano, que o presidente anterior não estava tendo condições. Desprestigiado por aqueles que prometeram-lhe apoio e não cumpriram com a promessa, não tinha como correr mais atrás. Buzuca assumiu e juntamente com Cândido Madeira, que voltou ao antigo cargo de diretor financeiro, conseguiu quitar algumas dívidas, mas outras permaneceram, como a do treinador Sandow Feques, que trabalhou no campeonato estadual. Por não ter recebido, acionou o clube na Justiça do Trabalho e ainda está incentivando os demais nessa mesma situação a procurarem a justiça. Além de Feques, jogadores também já acionaram o clube para receberem o que têm direito.
O que tem de certo é que o Cavalo de Aço está vivendo a maior crise de sua história. Se uma providência não for tomada, o clube corre o risco de não participar das próximas competições, principalmente o estadual de 2015, que já se avizinha, pois iniciará em janeiro, seguindo o calendário definido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Projetos
Nas reuniões que foram feitas antes de o ex-presidente Edvaldo Cardoso ser provocado a deixar o cargo, falaram em projetos e mais projetos que, se tivessem saído do papel, certamente o clube estaria salvo de suas dívidas e voltaria a viver como nos áureos tempos.
Pelo que já foi vislumbrado pelo Estatuto do Clube, está na hora de o presidente do Conselho Deliberativo, João Maurício Martins, acionar os conselheiros para uma Assembleia Geral para que o problema ou os problemas sejam colocados na mesa e discutidos.
Como tudo agora gira em torno da Copa do Mundo, isso pode ser feito após o término da competição. Mas a convocação tem de ser feita agora, para que seja dado prazo aos conselheiros.
Eleição
O que deve ser feito, pelo que foi observado no Estatuto do Clube, é a convocação de uma eleição para a formação de uma nova diretoria.
O momento do Cavalo de Aço é terrível e é necessário que todos se unam para que o clube volte ao lugar de destaque, de onde jamais deveria ter saído, na questão financeira. Antes, o clube devia, mas uma dívida que podia pagar e foi bem administrada, fato que não está acontecendo agora. Caso providências não sejam tomadas, a bola de neve aumenta e se a dívida já não está administrável, a situação piora muito mais.
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