O novo lance de arquibancada só aguentou a inauguração

O Estádio Cafeteirão, em João Lisboa, foi reinaugurado em setembro do ano passado pelo ex-gestor. Desde então, são oito meses e, infelizmente, a Secretaria Municipal de Esportes não pôde realizar nenhuma partida de futebol. De acordo com o secretário de Esportes, Poliano Bispo Cruz, o município deverá solicitar nas próximas horas uma vistoria do Corpo de Bombeiros para emitir um laudo técnico da obra.
Poliano lamentou a falta de comprometimento da gestão anterior com o dinheiro público, afirmando que, pelo que foi amplamente divulgado, o município gastou mais de 300 mil reais com as reformas no estádio.
O secretário disse ainda que além das arquibancadas novas, vestiários e o gramado apresentam problemas. A arquibancada construída recentemente apresenta rachaduras ao longo de toda a sua estrutura e o gramado não tem drenagem.
Caso a obra tenha sido liberada pelo Corpo de Bombeiros, a instituição terá que se explicar com relação aos problemas apresentados após o possível laudo, disse o secretário de administração Vilson Ferreira.
A prefeitura de João Lisboa também deverá cobrar da empresa responsável pela obra um posicionamento sobre as denúncias apresentadas.

Entenda

O Estádio Cafeteirão estava interditado havia cerca de dois anos e meio pela Justiça e em dezembro último, no apagar das luzes, a gestão anterior o inaugurou. Na época, as autoridades alegaram que o estádio estava colocando em risco a vida dos torcedores.
Durante todo esse tempo, o estádio Epitácio Cafeteira ficou de portões fechados e aguardando a tão sonhada reforma, mas o que parecia ser um sonho virou pesadelo.
No projeto as cabines de rádio e TV ganhariam pinturas, bem como as escadas e o acesso às cabines de rádio seriam emborrachados, atendendo às exigências da Justiça, mas isso não foi concluído. Ainda segundo Poliano, todo o material foi de péssima qualidade.
A obra, que seria para contemplar uma exigência da Justiça e deixar o Cafeteirão de cara nova, trazendo comodidade e segurança, trouxe apenas dor de cabeça para a atual gestão, que ainda não conseguiu realizar nenhuma partida de futebol. “A iluminação apresentava problemas, duas torres faltavam os disjuntores”, disse Poliano.