O árbitro que apitou Imperatriz x Sampaio, Gladstonni Viana de Oliveira, relatou na súmula que, após a partida, cerca de 20 a 30 torcedores do Imperatriz adentraram no corredor de acesso ao vestiário dos árbitros com a intenção de agredir a ele (Gladstonni) e seus assistentes (Geison Mendes dos Santos e João Fonseca de Sousa), passando a chutar e bater na porta e sempre proferindo palavras de ameaça como: “Hoje vocês vão morrer, filhos da p…, ladrões, safados, vamos pegar vocês na saída do estádio ou na rodoviária”.
Segundo ainda Gladstonni de Oliveira, somente com a interferência policial é que os torcedores saíram do estádio, mas ficaram na parte de fora continuando com as ameaças. Por isso, o trio teve de deixar o Frei Epifânio da Badia com auxílio da força policial, que acompanhou os árbitros até eles pegaram o ônibus de volta para São Luís.
O relatório pode complicar o Imperatriz no segundo turno da Copa União. Por causa do péssimo comportamento dos torcedores, o Cavalo de Aço corre o risco de perder mando de campo de algumas partidas quando a denúncia for julgada pela Comissão Disciplinar, que certamente vai reunir-se para isso, ainda mais tratando-se de um clube do interior. Aí é que a pressa de julgar é maior.
Na realidade, apenas uns seis ou sete gatos pingados foram para o portão que dá acesso ao vestiário dos árbitros, do lado de fora do estádio, e ficaram hostilizando os árbitros. Mas as agressões foram apenas verbais e não houve sequer tentativa de agressão física, mesmo porque os árbitros estavam no vestiário e os seis ou sete gatos pingados de torcedores do lado de fora.
Evidentemente, um erro não justifica outro, mas se Gladstonni Viana e os seus assistentes saíram do Frei Epifânio escoltados é porque eles não trabalharam como deveriam fazer. Com essa pressão do árbitro com a súmula do jogo, ele pode estar querendo encobrir a péssima arbitragem que fez, prejudicando tanto o Imperatriz como o Sampaio Corrêa.

Confira o que o árbitro escreveu na súmula: