O processo envolvendo a diretoria da Federação Maranhense de Futebol (FMF), que tem mais de mil páginas, já chegou às mãos do juiz Josemar Santos, responsável pela 1ª Vara Cível da capital. O documento encaminhado pela promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, solicita de imediato o afastamento de Alberto Ferreira e os vice-presidentes da entidade.
O juiz Josemar Santos afirmou por meio de sua assessoria que vai atender ao caso em caráter de urgência, porém não soube precisar um prazo. O juiz tem uma grande demanda de processos e, por isso, não pode dispensar atenção apenas a este caso.
O delegado da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic), Augusto Barros, é outro interessado na decisão do juiz. Após negar a possível solicitação de prisão temporária de Alberto Ferreira, o delegado disse que o afastamento do presidente é suficiente para a Polícia Civil fazer seu trabalho. “Ele (Alberto Ferreira) não cooperou em nada, e com ele fora da FMF nós podemos ter acesso a documentos e informações necessárias para o melhor funcionamento das investigações”, declarou.
Além de afastamento, a promotora encaminhou documentos em que peritos do Ministério Público, após avaliação do balanço patrimonial de 2010 da FMF, sugerem a devolução de R$ 180 mil de Alberto Ferreira aos cofres da própria federação e também à Associação Maranhense de Clubes (Amaclube). A devolução é em decorrência do desencontro de informações no balanço.
Campanha e processo
O presidente da FMF, Alberto Ferreira, se defende e diz que tudo não passa de uma campanha de alguns membros da imprensa esportiva que tem interesse em tomar a diretoria da entidade. Ferreira garantiu que vai provar na Justiça que tudo levantado pela promotora não é verdade e ameaçou ainda processar o presidente do JV Lideral, Walter Lira, e da Liga de Imperatriz, Esmeraldo Júnior, por terem dado declarações como os R$ 90 mil de patrocínio do medicamento Xantinon não repassados aos clubes, na Copa União de 2010, e no caso de Esmeraldo, ter sido forçado a assinar recibos com valores que nunca recebeu. Ele declarou em depoimento ao MP que se negou a assinar e ainda rasgou os recibos na frente do próprio Alberto Ferreira.
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