Foram 91 anos de lutas, fracassos e vitórias, como ele próprio confessa no seu livro lançado em 2008. Era homem exemplar. Bom filho, bom esposo, bom pai. Homem honesto. Amigo sincero. Calmo, pensador e de visão.
Em 1970, quando Imperatriz engatinhava rumo ao desenvolvimento, teve uma corajosa e brilhante ideia. Corajosa porque era em plena ditadura militar e o país estava sob censura. E ele, ainda por cima, com o sangue de oposicionista.
A corajosa e brilhante ideia foi lançar um jornal. O nome, não teve dúvidas. Com a cidade crescendo, batizou-o de O PROGRESSO. Dono de uma gráfica, também tornou-se pioneiro na área de comunicação.
Ingressou num ramo em que são enormes as dificuldades na manutenção e administração, especialmente de um jornal numa cidade do interior, ainda mais naquela época. Mas não hesitou em enfrentar o desafio e dar esse presente para Imperatriz. Fez a sua história.
E nas páginas do jornal ajudou a registrar a história da cidade que escolheu para viver. E morrer. O PROGRESSO e Imperatriz lhe agradecem. Descanse em paz, velho guerreiro José Matos Vieira. Você merece.
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