Apesar das mudanças que vêm sendo feitas ao longo dos últimos anos, o trânsito de Imperatriz ainda deve demorar em alcançar um ponto que traga o mínimo de tranquilidade aos motoristas, diminuindo o incômodo estresse gerado pelo caos nas ruas e avenidas, tanto no Centro como nos bairros.
Imperatriz não foi projetada com o pensamento voltado para o futuro. Hoje, a cidade tem em torno de 130 mil veículos, entre carros e motocicletas. São mais de 40 mil automóveis e 4 mil caminhões, além de cerca de 85 mil motos. Juntando-se a esse elevado número, vem a desorganização, com ônibus e vans usando vias inadequadas, além de carretas circulando e fazendo descarga a qualquer hora do dia.
Felizmente, esta semana a cidade recebeu uma boa notícia. A prefeitura anunciou que vai criar o Terminal de Transporte Alternativo, aproveitando a antiga rodoviária. Será um ponto para embarque e desembarque de passageiros que utilizam as vans.
Sabemos que a medida não vai solucionar o grave problema do trânsito, porque não reside apenas no transporte alternativo, mas ajudará a amenizá-lo, porque o que se vê hoje é uma desmoralização em todos os cantos de Imperatriz, com as vans circulando e parando em qualquer lugar.
Porém, precisamos ter a certeza de que a Setran irá mesmo coibir a circulação e estacionamento das vans nas ruas. Certamente haverá aqueles que não se contentarão em ficar no terminal, porque o serviço de muitos consiste em buscar e/ou deixar passageiro na porta de casa. Isso sem falar nos que estão concorrendo com os ônibus, fazendo linha dentro da cidade.
A Setran precisa ser mais ousada e dura também com outros problemas que "amarram" o trânsito. É necessário, por exemplo, que seja regulamentado o horário de carga e descarga no Mercadinho, medida que vem sendo prometida desde administrações passadas, mas o peso da influência de atacadistas junto ao poder público não permite a indispensável mudança no movimento de carretas naquela área central da cidade.
Também é preciso ver o problema dos estacionamentos, que em vários locais se tornaram privativos de empresas, com colocação de cones, cadeiras, caixotes, etc., num flagrante desrespeito ao Código de Trânsito Brasileiro e alimentado pela omissão das autoridades competentes.
E, ainda, o problema das "rodoviárias particulares" pertencentes a algumas empresas que se julgam no direito de fazer o que bem entendem, parando seus ônibus fora do lugar obrigatório, a Rodoviária oficial.
Mas nem tudo está perdido. Restam esperanças e, mesmo tímidas, medidas estão sendo tomadas. Espera-se, no entanto, que não sejam para desmoralizar quem as está aplicando, porque é comum em Imperatriz as leis não serem respeitadas.
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