A Rodovia Pedro Neiva de Santana, com uma extensão de 12 quilômetros, entre Imperatriz e João Lisboa, era estreita e sem sinalização. Havia muita reclamação devido ao perigo. Com a sua duplicação, esperava-se que os problemas, especialmente em relação a acidentes, tivessem uma diminuição significativa. Afinal, ficou com duas pistas largas. Ledo engano. Os acidentes continuam acontecendo, e em índice elevado.
O que está acontecendo? Tem-se nos últimos dias “culpado” pelas ocorrências a falta de iluminação. Será esse mesmo o motivo? Pode ser, mas em todos os casos? Há registro de acidentes em plena luz do dia, com o sol a pino. Seria, então, quem o culpado?
A verdade é que, em muitos casos, não foi a falta de iluminação a causadora do acidente. Foi a imprudência do motorista, por excesso de velocidade ou falta de cuidado ao fazer um retorno.
Aliado a isso, há ainda a questão de animais soltos na pista. E aí, sim, um acidente à noite envolvendo um animal poderia ter a contribuição da falta de iluminação, porque fica difícil para o motorista perceber a presença do mesmo.
Agora ficar atribuindo à escuridão qualquer acidente, aí se torna exagero. Então, para que servem os faróis? Porém, se o problema é mesmo a falta de iluminação, está na hora de se cobrar que sejam iluminadas, também, a BR-010, a BR-222, a MA-125 e todas as outras rodoviais, onde diariamente acontecem acidentes, aliás, em uma escala incomparável ao que ocorre na Pedro Neiva de Santana.
Mas, como insistem que o problema é mesmo a ausência de lâmpadas em toda a extensão da “Rodovia da Morte”, como já foi batizada, que o poder público tome providências. O Governo do Estado já anunciou que em outubro, portanto no próximo mês, haverá licitação do serviço. E a Pedro Neiva de Santana será toda iluminada.
Vamos torcer para que, iluminando, o problema de acidentes na rodovia seja resolvido. Se assim acontecer, teremos que admitir: a causa dos acidentes era apenas a escuridão. Não havia imprudência, desrespeito às leis de trânsito. Ninguém foi culpado por acidente, mas tão somente a falta de iluminação.  
E também, depois de colocado um ponto final nos acidentes, deveríamos fazer uma campanha para rebatizarmos a Pedro Neiva de Santana, deixando de ser a “Rodovia da Morte” e passando a ser chamada de “Rodovia da Vida Iluminada”.
Que assim seja!