As ruas de Imperatriz precisam ser reconstruídas. Com exceção das avenidas Getúlio Vargas e Dorgival Pinheiro de Souza, que foram recapeadas num passado recente, o restante é só buracos. Quando são feitos os remendos, a rua mais parece um tabuleiro de xadrez.
A operação tapa-buracos é apenas um serviço paliativo e que consome muito dinheiro. A solução é temporária. Tapa-se um buraco hoje, amanhã aparecem três. O asfalto é antigo e, em sua maioria, de péssima qualidade, com o tempo de vida útil sendo curto. É o que se vê em Imperatriz, onde em menos de três meses de chuvas as ruas se tornaram intrafegáveis. Até parece que houve um bombardeio.
O prefeito Assis Ramos, logo que assumiu, admitiu a precariedade do pavimento e há a necessidade de ser colocado novo asfalto. Mas para isso precisa-se de recurso. E muito, porque é alto o valor da obra, especialmente se for um serviço decente que não seja apenas para iludir a população e servir de ralo para desvios, como é comum no País.
O quilômetro de asfalto com espessura de 4 cm para uma rua com largura de sete metros fica em torno de R$ 170 mil. Isso para recapeamento. Para construção (execução de base, imprimação, pintura de ligação e AAUQ - Areia Asfáltica Usinada a Quente), o valor fica em torno de R$ 230 mil.
Estamos abordando somente o valor do asfalto. E o serviço de rede de esgoto, que também custa caro? Como se sabe, o benefício não atinge nem 25% da cidade. E em rua sem drenagem, o asfalto tem pouca durabilidade.
Como se vê, a prefeitura precisaria de muitos milhões para reconstruir as ruas. Imperatriz tem mais de 500 quilômetros de vias. São mais de 100 bairros, muitos sem qualquer obra de infraestrutura, com os moradores sofrendo no inverno com a lama e, no verão, com a poeira.
A “cirurgia” para mudar a cara de Imperatriz necessita de uma força-tarefa envolvendo Município, Estado e União, pois somente com os esforços das três esferas é que poderia ser resolvido o grave problema ora verificado nos quatro cantos da cidade.
Portanto, é indispensável que haja deputados e senadores lutando para que Imperatriz consiga as parcerias. Porém, somos pobres de representantes, especialmente em nível federal, e a região não tem um deputado em Brasília. Os que estão se propondo a ajudar também têm compromissos com as suas regiões, não podendo dedicar todos os seus esforços somente em prol de Imperatriz.
A situação é feia. E o povo não espera, como acontece agora, em que um prefeito com menos de três meses no cargo já está sendo cobrado como se estivesse há oito anos.
Que Assis Ramos consiga dar uma resposta. O povo saberá retribuir.
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