Estamos em plena campanha eleitoral, faltando menos de um mês para o dia em que os 151.858 eleitores de Imperatriz estejam escolhendo o próximo gestor. Os seis candidatos estão nas ruas, de casa em casa, no rádio, tv, jornal e redes sociais apresentando as suas propostas de governo.
Obviamente, como nas outras eleições, eles se concentram mais nas áreas de educação, saúde e infraestrutura. Nada melhor, afinal são consideradas as mais importantes, tanto que nas pesquisas aparecem como as prioridades citadas pelos eleitores.
Mas o cidadão também já começa a ver outras áreas como essenciais, como, por exemplo, o meio ambiente. Em Imperatriz, ainda não estamos sentindo tão importante assunto ser tratado com maior zelo pelo poder público. As provas estão aí, a olho nu. Os riachos estão se acabando. A poluição está fazendo desaparecer o Capivara, Santa Teresa, Bacuri e agora até o Cacau.
Já é um caso grave quase sem volta. Mas algo maior preocupa por estar lentamente acontecendo. E os prejuízos serão devastadores. O majestoso rio Tocantins está recebendo esgoto in natura que, como matou os riachos, em um futuro não muito distante decretará o fim da maior riqueza natural que alimenta cidades do Maranhão, Pará e Tocantins.
Isso se já não bastassem os efeitos preocupantes da Usina Hidrelétrica Estreito. Estamos vendo o rio chegar a um nível jamais registrado. O tamanho das praias está dobrando. No centro do canal há bancos de areia. Exagero ou não, as pessoas chegam a comentar: logo estaremos atravessando o rio caminhando! Quem duvida?
Então, é preciso que o novo prefeito encare como uma prioridade a questão ambiental. Os efluentes, industrial e doméstico, já não podem mais ser jogados no rio sem o devido tratamento. Há a necessidade de se fazer uma grande cruzada, reunindo todos os poderes e órgãos ligados ao meio ambiente para que soluções sejam apontadas e resoluções dos problemas aconteçam, e realmente aconteçam, a contento.
Além do prejuízo ambiental, a rede de drenagem exala mau cheiro na cidade. Mas por quê? Simples! O esgoto sanitário vem sendo ligado na rede de águas pluviais. No verão, se torna insuportável, com o odor se espalhando nas ruas pelas chamadas “bocas de lobo”.
Hoje o mundo se debruça sobre a questão. “Respira” o ar das discussões em torno do meio ambiente. E nós, em Imperatriz, já pagando caro pelos nossos próprios crimes, registrados com a “matança” dos riachos e a agressão crescente ao rio Tocantins, estamos com a obrigação de cobrarmos duramente dos nossos governantes e também fazermos a nossa parte.
A hora é essa. Comece logo a cobrar, antes de ir às urnas...
Comentários