A questão do problemático trânsito de Imperatriz volta à baila com a decisão tomada pelo Ministério Público Estadual recomendando à Prefeitura o ordenamento do trânsito, especialmente relacionado à circulação de vans, micro-ônibus, ônibus e outros meios de transporte intermunicipal de passageiros.
Imperatriz, como se sabe, tem mais de 120 mil veículos e, por mais que a Setran tenha se esforçado na organização do trânsito, os problemas ainda são inúmeros. Fora os acidentes que ocorrem a todo instante, situação grave que foi motivo de recente Editorial, não existe regulamentação em torno da circulação de tais meios de transporte no Centro da cidade.
As vans não tem um ponto determinado. Em todo canto, estão paradas à espera de passageiros em pleno meio da rua. Uma esculhambação que trava o trânsito e irrita os motoristas, já estressados pela correria do dia a dia e pela própria insensibilidade de motoristas sem a mínima preocupação com o transtorno que está causando aos outros.
Mas não são apenas os veículos de passageiros que transformam em caos o trânsito de Imperatriz. Há os caminhões, bitrens até, circulando e realizando carga e descarga em qualquer lugar e a qualquer hora do dia.
Não se concebe que em pleno horário do rush carretas estejam fazendo esse tipo de serviço. Há caso em pleno Centro da cidade de carretas demorarem fazendo manobras para entrar em um depósito de grande comércio.
A Câmara Municipal de Imperatriz já debateu o problema à exaustão, com apresentação de projeto de lei regulamentando a carga e descarga, especialmente no Mercadinho, maior centro atacadista da região, mas continua tudo como dantes.
Em grandes cidades como Imperatriz, há tempo conseguiu-se disciplinar carga, descarga e circulação de veículos de grande porte, permitindo maior fluidez ao trânsito.
Mas por que somente aqui na terra abençoada por Santa Teresa d’Ávila não se revolve o problema? Sabemos que enfrentar o poder econômico não é fácil, especialmente um segmento que muito contribui com a cidade, como é o caso do comércio atacadista, mas é preciso organizar o caótico trânsito da chamada Capital do Maranhão do Sul.
O poder público não pode mais ficar postergando. Já passou da hora de uma solução.
Abrir um diálogo com os segmentos envolvidos poderia ser o início de uma saída para a resolução do problema. Mas teria que ser para ontem...
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