O PROGRESSO completa hoje 31 anos. O mais antigo jornal da cidade de Imperatriz em circulação diária - e o terceiro do Maranhão - foi fundado em 3 de maio de 1970 por José Matos Vieira e Jurivê de Macêdo.
Era um antigo sonho que se concretizava.
Alguns anos depois, exatamente em outubro de 1975, O PROGRESSO é colocado à venda. A pedido do seu amigo Jurivê de Macêdo, o advogado e ex-promotor de Justiça de Imperatriz, Sergio Antonio Nahuz Godinho, compra o jornal que passa a ser administrado por Jurivê e por outro amigo, Agostinho Noleto Soares.
Imediatamente Sergio Godinho adquire novas máquinas. Dos anos circulando quinzenalmente, composto e impresso de forma quase artesanal através de pequenos e modestos equipamentos, O PROGRESSO salta de suas quatro páginas para um diário de doze páginas e muda sua apresentação gráfica. As enormes dificuldades na manutenção e administração de um jornal diário, no interior do Estado, apresentam-se quase que imediatamente. O PROGRESSO é vendido, após quase dois anos de muita luta. Os novos proprietários, dedicando-se mais a outras atividades, relegam o jornal a um segundo plano.
Inicia-se 1979 e Sergio Godinho decide retomar o desafio retornando definitivamente a Imperatriz. Mesmo sacrificando sua banca de advocacia e a imobiliária de sua propriedade, recupera o jornal. Sua idéia é colocar O PROGRESSO a serviço da comunidade.
É um período difícil, uma peregrinação rumo ao desconhecido. Vive-se o dia-a-dia. Compra-se o papel e a tinta para a edição do dia seguinte. Jornal na rua, corre-se atrás do faturamento para pagar o material comprado. A redação era o refúgio na hora do sono. A cama, uma escrivaninha. O travesseiro, as sobras de jornal.
O PROGRESSO investe na preparação do seu próprio pessoal: repórteres, paginadores, impressores, linotipistas. Todos “prata da casa”. Dezenas de excelentes profissionais passam pelo calor das oficinas e da “algazarra” da redação de O PROGRESSO.
E a jornada continua... mas, ainda, rumo ao desconhecido.
Apesar das enormes dificuldades enfrentadas, a modernização vai chegando mansamente. A velha impressora, apelidada de “pata choca”, cede espaço à moderna ofsete. A clicheria, à última palavra em fotomecânica. As velhas linotipos, aos computadores; e assim O PROGRESSO é um dos primeiros jornais do Maranhão -e do interior do Norte, Nordeste e Centro-Oeste- a informatizar o seu setor de pré-impressão. Altera-se profundamente sua feição gráfica.
Quando se pensa em descansar um pouco, descobre-se que está em marcha a grande revolução deste final de século. É a revolução da informática. É a revolução da informação. Começa-se tudo novamente.
Aposenta-se o barulhento telex e o fax também está com seus dias contados. A busca pela informação passa a contar com a captação de notícias via satélite e pela Internet.
Na Redação, onde não mais se escuta mais o barulhento matraquear das máquinas de escrever, a modernização também chegou com o macio silêncio dos computadores.
A agilidade é a marca registrada. As longas e sonolentas madrugadas são lembradas com muito carinho e saudade.
Agora, O PROGRESSO acompanha as notícias com a mesma velocidade dos grandes jornais.
O PROGRESSO, hoje, faz jus ao seu “slogan”: Expressão Regional. É o grande cronista da região. Sua área de abrangência extrapolou as fronteiras de Imperatriz. Cobrindo uma boa parte do sul e do sudoeste maranhense e São Luís, capital do Maranhão, penetra no Estado do Tocantins, do “Bico do Papagaio” até Araguaína.
A idéia está dando certo e o sacrifício está valendo à pena.
Publicado em Editorial na Edição Nº 11112
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