O prefeito Sebastião Torres Madeira está a menos de um mês para encerrar o seu mandato. São oito anos conduzindo o Poder Executivo imperatrizense com muito esforço para que a máquina funcione a contento. Madeira é prefeito 24 horas. Não exerce outra atividade a não ser cumprir com a sua obrigação que o povo lhe deu, duas vezes, por meio das urnas.

Muitos o consideram o melhor prefeito da história de Imperatriz. Até aqui pode ser, porque ainda há muitos por vir. Os seus antecessores, salvo raríssimas exceções, também deixaram a sua marca, sem grande relevância, mas que ajudaram a cidade a trilhar o seu caminho de desenvolvimento. Sem a intenção de cometer injustiça com os demais, poderíamos citar Renato Moreira, Carlos Amorim e Ribamar Fiquene. Mas Madeira se destaca. O volume de obras que deixará é significativo.

Ressalta-se, porém, o tempo que ele passou no cargo e a situação em que encontrou a prefeitura. O ex-prefeito Ildon Marques entregou-lhe o Município em situação equilibrada e isso o ajudou muito, pois já pôde iniciar o mandato tendo condições de tocar o seu projeto de governo.

Além disso, há a sua dedicação, sem medir esforços para a resolução dos projetos. É inegável, também, a sua habilidade política. Nos oito anos de mandato, Madeira pegou três governos estaduais sem que tivesse nenhum problema para fazer parcerias nas mais diversas áreas, especialmente na infraestrutura.

Madeira se elegeu com apoio de Jackson Lago e dele teve ajuda. Com a cassação de Jackson, veio Roseana e o prefeito, mesmo tendo sido adversário, conseguiu aproximação. Veio Flávio Dino e nada mudou. Madeira continuou tendo apoio do Palácio dos Leões. Além do mais, a atual administração foi beneficiada pela situação econômica em que o País viveu alguns anos.

Hoje, em função da crise nacional, Madeira está enfrentando dificuldades, mas inaugurando obras e prometendo deixar a Prefeitura com o funcionalismo em dia.

O próximo prefeito, Delegado Assis Ramos, terá a dura tarefa de substituir Madeira, porque, inevitavelmente, será julgado pelo que o seu antecessor fez. Sempre foi assim com os outros que assumiram.

Então, para que seja aprovado, Assis terá que fazer muito. E ele está disposto. Mas pergunta-se: será se o tempo lhe permitirá? Conseguirá oito anos de mandato? Terá a mesma habilidade de Madeira nas articulações com os governos para canalização de recursos?

Assis Ramos não necessitaria se espelhar no gestor atual, até porque promete ser diferente, porém precisará ser muito habilidoso para conduzir a complicada máquina pública. E a parceria institucional com o Estado é imprescindível.

A sociedade, que no dia 2 de outubro apostou em mudança, elegendo um neófito na política, está acreditando no novo prefeito. Sabe dos limites, das dificuldades e que ele não é um mágico, entretanto espera avanços.

Que Assis Ramos tire de Madeira o título dado com antecipação e se torne o melhor prefeito. Não com o espírito de competitividade, mas apenas com a sua boa intenção de realizar uma administração à altura do que Imperatriz merece.

Vamos querer sempre um prefeito melhor...